Confronto no Rio de Janeiro mostra necessidade de ação articulada
Forças de segurança ocupam o Complexo do Alemão, no Rio e Janeiro |
"Cortar o mal pela raiz", conforme o dito popular, é o grande desafio que os governantes brasileiros têm após o confronto entre a polícia carioca (apoiada pelas Forças Armadas) e traficantes no Rio de Janeiro, neste fim de semana. Análises de especialistas na área de segurança pública, entrevistados pelas emissoras de TV enquanto as imagens no Complexo do Alemão eram mostradas, davam conta do esforço que precisa ser feito para evitar que o enfrentamento de hoje não seja em vão.
Uma ação rigorosa nas fronteiras, para impedir a entrada de armamento e drogas no País, papalelamente ao combate do refino da cocaína no Brasil, foram algumas das providências imprescindíveis apontadas pelos comentaristas. Outras tão importantes quanto também constam na lista de sugestões: atualização da legislação federal pertinente ao tema e a reforma do sistema penitenciário, de modo a impedir as fragilidades ainda exisntentes nos cárceres.
Outro ponto igualmente precisa ser enfrentado de forma corajosa: conter o consumo. Todo mundo sabe que os grandes usuários de drogas vivem bem distantes das favelas cariocas e de outras grandes cidades do Brasil. Essa turma tem muito dinheiro e paga caro para alimentar o vício. Daí não basta agir somente contra os traficantes. Se a situação continuar como hoje, em que o consumidor de entorpecente não pode ser preso, fica difícil dar um basta na ação dos bandidos.
Além do mais, os marginais do narcotráfico não limitam sua atuação ao territorio carioca. Estendem seus tentáculos por vários estados, ampliando a violência e espalhando o pavor principamente nas comunidades mais carantes, onde as gangues disputam espaço nesse "mercado". Por isso mesmo, o êxito das ações de segurança precisam ser articuladas com o amparo fundamental das instâncias federais. (Foto: Agência Brasil)
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