Espetáculos de sete países são apresentados em teatros, praças e ruas
Atores, produtores, escritores, bailarinos, coreógrafos, artistas plásticos, entre outras personalidades ligadas ao mundo do teatro, participaram da abertura do 3º Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (Fiac), na tarde deste sábado (23), no pátio do Instituto Cultural Brasil Alemanha (Icba), no Corredor da Vitória, em Salvador.
O evento reúne até o dia 30 deste mês, na capital baiana, espetáculos de sete países - Espanha, Portugal, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia e Brasil, que se apresentarão em diversos teatros, largos, praças e ruas. De acordo com Felipe de Assis, um dos coordenadores do festival, o diferencial da terceira edição é justamente a abertura mais ampla para esses espaços.
A diretora de teatro Nhele Franke, nasceu na Alemanha, porém é no Brasil que ela se dedica ao teatro há 18 anos. Residindo na Bahia desde 1996, Nhele também é uma das organizadoras do Fiac. Para ela, a inquietação inerente à classe artística é o que motiva a realização do festival. “Acredito que o festival cria uma incrível possibilidade de troca, de provocação mútua seja para o público ou para os artistas”.
Surpresa, interação e gargalhadas
Quem compareceu à abertura do Fiac foi surpreendido pela performance da companhia de teatro espanhola Kamchatka. Os oito atores chegaram sem ser anunciados e, como se vivessem décadas atrás, foram interagindo com as pessoas e objetos por onde passavam. Do Icba até o Campo Grande, eles arrastaram centenas de espectadores que deram boas gargalhadas e até atuaram como coadjuvantes nos improvisos.
Um deles foi o pipoqueiro Pedro José que há 10 anos trabalha no Campo Grande. “Achei muito legal eles terem vindo aqui. Foi engraçado demais quando eles subiram e (literalmente) entraram no meu carrinho vestindo essas roupas antigas”. A psicóloga Mariana Carteado também passava pela praça onde se deparou com a movimentação. “Foi inusitado. Conheço um pouco de teatro de rua, mas nunca vi nada igual. Eles são muito rápidos ao interagir com as coisas que se deparam e acontecem na frente deles”.
Celebração à carreira de Yumara
Outros espetáculos também prometem muitos aplausos. Um deles é o estreante Monstro, uma celebração aos 50 anos de carreira de Yumara Rodrigues (BA), sob a direção de Paulo Dourado. A peça teatral Seu Bonfim, que comemora 10 anos, também é uma das grandes expectativas do festival. Grupos nacionais vindos de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro também se apresentarão até a próxima sexta-feira, em Salvador.
Os ingressos para os espetáculos em teatros já estão sendo comercializados por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), exclusivamente, na Bilheteria Central do Fiac, no Teatro Castro Alves. A exceção é a peça Fragmento de Um Só, no Theatro XVIII (Pelourinho), que custa R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). As apresentações nas ruas são gratuitas. Informações sobre as companhias e espetáculos que estarão no festival podem ser acessadas no site do festival. (Imagem: Mauricio Esguerra)
Fonte da matéria: Agecom
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