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domingo, 31 de outubro de 2010

Presidente do TSE defende mais liberdade de expressão para candidatos

Procurador-geral da República também é favorável à mesma ideia
 
 O período de pré-campanha, que hoje é restrito aos três meses que antecedem as eleições, deve ser ampliado. Esse é o posicionamento defendido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski (foto), e pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

“Nós, como juízes, aplicamos a lei. As regras eleitorais, no que diz respeito à manifestação dos candidatos, é um pouco rígida demais”, disse Lewandowski. Para o ministro, o ideal para que cada eleitor conheça melhor o candidato é que a pré-campanha comece no início do ano eleitoral. “A pré-campanha deveria ser mais dilatada no tempo, como ocorre nos Estados Unidos, mas claro que com a expressa vedação do emprego da máquina pública”, disse o ministro.

Para Gurgel, o período de pré-campanha “contraria a lógica das coisas, sobretudo na eleição presidencial. Todos sabemos que eleição começa muito tempo antes. Isso acaba favorecendo a prática de condutas equivocadas e abusivas”, disse o procurador.

PUNIÇÃO BALANCEADA
 
Sobre a manifestação dos candidatos, Lewandowski afirmou que houve punição balanceada entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). “No geral teve exposição de ideias, em determinado momento houve abuso e sanções foram aplicadas, mas nada que possa ter fugido daquilo que se espera de uma disputa acirrada para a Presidência da República”.

Gurgel também disse que o Ministério Público Eleitoral agiu de forma balanceada para fiscalizar os dois candidatos. “Tivemos atuação com o máximo de isenção. Basta observar o número de representações em relação aos candidatos. Atuamos com firmeza para que nossas eleições fossem marcadas pela regularidade e igualdade entre os candidatos”.

Quanto ao papel da internet no processo eleitoral, Lewandowski defendeu novamente a liberdade de expressão. "A internet é um território livre e deve ser livre mesmo. É um modo de expressão e comunicação das pessoas que transcende as fronteiras nacionais e é difícil de controlar fluxo de informações". (Foto: José Cruz/ABr)

 Fonte: Agência Brasil

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