O terremoto que devastou o Haiti revolveu o mundo. As cenas dos sobreviventes, em meio aos mortos nos escombros, emocionam o observador tanto quanto a mobilização internacional para ajudar o país a se levantar das cinzas. De todos os cantos governantes se mobilizam enviando médicos, bombeiros e equipes de apoio além de recursos materiais e oferta em dinheiro.
Foi preciso a natureza se revoltar e ceifar vidas para o gesto solidário de nações com diferentes matizes ideológicos e possibilidades econômicas. Da América, da Europa, da Ásia, de todos os continentes iniciativas surgem numa demonstração de que a catástrofe serviu, ao menos, para unir os povos em torno de um objetivo: socorrer os haitianos no momento pós-tragédia e na reconstrução do país.
Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha, Cuba, Venezuela, Brasil e tantas outras nações voltam sua atenção para a indispensável ajuda ao Haiti. Espera-se, em nome até da sobrevivência humana, que o espírito de paz e solidariedade entre os povos, em qualquer lugar, ocupem o espaço das competições ideológicas e da guerra. É comovente a ajuda humanitária internacional. Que a morte dos haitianos e dos estrangeiros que estavam no país, em missão de paz, não seja em vão.
A catástrofe deve servir para algumas reflexões. Por exemplo, os governantes que revelam sensibilidade em relação ao Haiti não podem esquecer dos problemas em seus países - desigualdades sociais e a violência no cotidiano por conta do tráfico de drogas, conflitos ideológicos e outras razões. São tragédias também responsáveis pela morte de milhares de pessoas. E, nesses casos, o bom senso recomenda a convergência para superação dos desafios. Não a divergência. (Foto: Flickr)
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