Salvador faz 461 anos nesta segunda (29 de março) figurando como a terceira maior cidade brasileira, onde vivem aproximadamente três milhões de pessoas. É muita gente numa capital que permanece com sérios problemas de infraestrutura. Basta parar um pouco e observar: encostas inseguras, favelização, sistema de transporte de massa deficiente, trânsito caótico, falta de escolas e de serviços públicos de saúde, além do aumento da violência.
Ao mesmo tempo em que seduz os turistas pelos seus encantos naturais e históricos, a capital baiana se transforma, cada vez mais, num lugar desconfortável para a população. Transitar, então, ficou quase impossível após as facilidades para aquisição de carro em prazo de até oito anos. Cresce o número de veículos nas ruas sem adequação do sistema viário e/ou investimento em transporte público. Resultado: a suposta comodidade de ter um automóvel vira um transtorno por conta dos congestionamentos frequentes.
O caos no trânsito e a violência urbana são o que mais saltam aos olhos. Salvador também guarda, principalmente na periferia, muito desemprego, muita pobreza. Os barracos erguidos nas encostas retratam outro grave problema traduzido pela inexistência de um teto para milhares de pessoas. Na falta de melhor opção, muitas famílias levantam moradias em áreas inseguras mesmo diante do risco de desabamentos no período de chuva.
Em mais um aniversário Salvador merece homenagens. Talvez o melhor presente, no entanto, seja cada um dos moradores, e principalmente os governantes, pensar numa forma de tornar a capital mais humana. Os cidadãos podem contribuir de uma forma simples: por exemplo, evitando jogar lixo nas ruas, respeitando os sinais e leis de trânsito. As autoridades devem, por respeito à população, investir no transporte coletivo, no sistema viário, em segurança pública, em saúde, em educação, em lazer... (Foto: Flickr)
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