A Coordenação de Defesa Civil de Salvador recebeu até às 18h30 desta quinta (8) 425 chamados em decorrência da chuva, que causou a morte de uma pessoa em Prado e de outra na cidade de Feira de Satana. O mau tempo na capital começou na noite de ontem, com raios, trovões e falta de energia elétrica em muitas áreas. Somente hoje foram registrados 66 deslizamentos de terra e três desabamentos de imóveis.
Mais uma vez o trânsito ficou lento em movimentadas avenidas, como a Bonocô. As aulas foram suspensas na rede municipal de ensino, por cautela, uma vez que muitas unidades escolares funcionam em áreas onde o mau tempo geralmente causa muitos transtornos. As consequências da chuva, nesta semana, mostram de novo o despreparo de Salvador para enfrentar qualquer aguaceiro.
O programa Cidades e Soluções (Globo News) desta semana ajuda a compreender o impacto da chuva nas cidades brasileiras. Especialistas do Rio de Janeiro e de São Paulo criticam a falta de plano-diretor na ocupação das áreas urbanas e de investimentos que poderiam evitar as sucessivas tragédias no País. Um exemplo da inversão de prioridade é a Cidade da Música, no Rio, obra inacabada onde já foram gastos mais de R$ 500 milhões.
Hoje a capital carioca e Niterói enterram seus mortos. Na virada de 2009 para 2010, foi a vez de Angra dos Reis. No final de 2008, Santa Catarina. Em maio do ano passado o temporal deixou vítimas fatais em Salvador. Todos os anos a situação se repete, mas o governo continua investindo em projetos imediatistas quando poderia garantir moradia segura para o brasileiro. (Imagem: Cajazeira/Salvador - Abril de 2009)
Matéria atualizada às 21h11
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