Maioria das famílias inscritas em cadastro nacional deseja crianças de até 3 anos
Das 27 mil famílias inscritas no Cadastro Nacional de Adoção, 56% querem adotar crianças de até 3 anos e quase 40% aceitam apenas se forem brancas. As restrições de raça, idade e condições de saúde são as principais razões para que ainda seja longo o tempo de espera na fila de pais e mães que optam pela adoção. A maioria dos menores que vivem em abrigos tem perfil diferente do que é procurado pelos pretendentes.
“O que o sistema de Justiça disponibiliza hoje são crianças maiores, que estão muitas vezes vinculadas a um grupo de irmãos. Essas características muitas vezes não despertam o desejo de acolhimento pela família interessada na adoção”, explica o chefe de adoção da Vara de Infância e Juventude do Distrito Federal (DF), Walter Gomes.
“O que o sistema de Justiça disponibiliza hoje são crianças maiores, que estão muitas vezes vinculadas a um grupo de irmãos. Essas características muitas vezes não despertam o desejo de acolhimento pela família interessada na adoção”, explica o chefe de adoção da Vara de Infância e Juventude do Distrito Federal (DF), Walter Gomes.
Segundo ele, hoje, no DF, quem quer adotar uma criança de até 2 anos deve aguardar na fila por cerca de cinco anos. “Mas quem se habilita a acolher uma criança de 8 anos consegue isso em dois meses. O grande impedimento para que a adoção ocorra de forma mais rápida é uma rigorosa restrição imposta pelo interessado”, defende.
A advogada Fabiane Gadelha (na foto com a família) esperava há dois anos na fila da adoção por uma criança que tivesse até 3 anos de idade. Apesar de já ter uma filha biológica, adotar era um deseja antigo dela e do marido. Depois de conhecer um grupo de apoio ao acolhimento de crianças com deficiência, resolveu flexibilizar sua busca. E em dois meses já era mãe de Miguel, de nove meses, portador da síndrome de down.
“Foi paixão à primeira vista. O Miguel devolveu para mim essa fé de que as coisas da vida acontecem no tempo certo e na hora certa”, conta. Miguel vive com a família desde setembro do ano passado e mudou a logística e a organização da casa. “Ao mesmo tempo ele ampliou meus horizontes, me surpreende todos os dias. Ele vai propiciar para a minha filha uma excelente oportunidade de ser uma pessoa melhor”, acredita.
Hoje Fabiane trabalha em grupos de apoio a adoção de crianças com deficiência e espera que outras famílias possam seguir seu exemplo. “De repente esse pai ou mãe que está na fila pode encontrar seu filho atrás de uma deficiência. Eu recomendo que abram seu perfil, se permitam conhecer porque o que tiver que ser seu será. A lei lhe dá essa possibilidade de tentar”, aconselha. (Foto:Wilson Dias /ABr)
A advogada Fabiane Gadelha (na foto com a família) esperava há dois anos na fila da adoção por uma criança que tivesse até 3 anos de idade. Apesar de já ter uma filha biológica, adotar era um deseja antigo dela e do marido. Depois de conhecer um grupo de apoio ao acolhimento de crianças com deficiência, resolveu flexibilizar sua busca. E em dois meses já era mãe de Miguel, de nove meses, portador da síndrome de down.
“Foi paixão à primeira vista. O Miguel devolveu para mim essa fé de que as coisas da vida acontecem no tempo certo e na hora certa”, conta. Miguel vive com a família desde setembro do ano passado e mudou a logística e a organização da casa. “Ao mesmo tempo ele ampliou meus horizontes, me surpreende todos os dias. Ele vai propiciar para a minha filha uma excelente oportunidade de ser uma pessoa melhor”, acredita.
Hoje Fabiane trabalha em grupos de apoio a adoção de crianças com deficiência e espera que outras famílias possam seguir seu exemplo. “De repente esse pai ou mãe que está na fila pode encontrar seu filho atrás de uma deficiência. Eu recomendo que abram seu perfil, se permitam conhecer porque o que tiver que ser seu será. A lei lhe dá essa possibilidade de tentar”, aconselha. (Foto:Wilson Dias /ABr)
Fonte: Agência Brasil
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