Páginas

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Base governista descarta negociação sobre o mínimo

Lideranças na Câmara e Senado mantêm posição sobre R$ 545 para este ano

A bancada governista na Câmara e no Senado descarta qualquer possibilidade de negociar um salário mínimo acima de R$ 545 para este ano ou alterar as regras acordadas pela gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder no Senado Romero Jucá (PMDB-PR) disse que não existe condição de tentar um acordo a fim de ampliar o valor para R$ 560. A matéria deve ser votada, na Câmara, na próxima quarta-feira (23). “O salário mínimo é o resultado de um acerto feito entre o governo e as centrais. Vai continuar dessa forma.”

Jucá evitou comentar qualquer postura do Senado, caso a Câmara altere o valor proposto no projeto de lei, na quarta-feira. Ele afirmou apenas que confia “na responsabilidade da base na Câmara” e no que foi pactuado com o Executivo. A previsão é votar a matéria, no Senado, em duas semanas. Segundo o líder na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), “não muda nada, é R$ 545 e não tem discussão, mais que isso não há condição”.

No Senado, mesmo parlamentares da base que atuaram com frequência em sintonia com a oposição, elogiaram a postura da presidente Dilma no seu primeiro mês de governo. Para Cristovam Buarque (PDT-DF), por exemplo, a tentativa de aumentar o valor proposto, capitaneado no Congresso pelo seu partido, “é uma guerra dos quatro pães”. 

Buarque destacou que o aumento proposto para R$ 560 representa o aumento do poder de compra de mais quatro pães por dia. No entender do pedetista esse debate está desfocado a partir do momento em que os parlamentares desconsideram questões fundamentais para a população mais pobre como “a qualidade da educação e o tempo de espera nas filas dos hospitais públicos”.

Fonte: Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário