Antigo ponto de concentração de artistas e poetas, o Mercado de São Miguel, localizado na Baixa dos Sapateiros, vai ser reconstruído pelo Governo do Estado. Conhecido pela comercialização de produtos ligados à tradição afro, pela feijoada e moquecas saboreadas por quem passa no local. Devido ao abandono em que se encontra, dos 160 boxes existentes apenas 90 continuam funcionando.
A reforma é aguardada há 14 anos por comerciantes e moradores da região. No projeto, que envolve também a construção da passarela para fazer a interligação entre o Centro Histórico e a Avenida Joana Angélica, a previsão é o investimento de R$ 31 milhões. Construído na década de 1950, o mercado antigo vai ser demolido para dar espaço ao novo.
Segundo a Agecom, o processo de licitação para escolha da empresa construtora deve começar em fevereiro de 2010, e as obras - com duração de 12 meses - estão programadas para serem iniciadas em abril. O projeto prevê a construção de sanitários, de um centro de abastecimento da rede Cesta do Povo, de estacionamento com 144 vagas para veículos de passeios, além de restaurantes e espaço cultural.
A coordenadora do Escritório de Referência do Centro Antigo, Beatriz Lima, lembra que a reconstrução do Mercado de São Miguel integra a Requalificação da Baixa dos Sapateiros e é uma das principais ações do Plano de Reabilitação do Centro Antigo. Durante a obra a prefeitura vai transferir os vendedores para outro espaço, na própria área da Baixa dos Sapateiros, onde permanecem enquanto as obras forem realizadas.
O projeto do novo mercado é de responsabilidade do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, e inclui uma passarela entre o Centro Histórico e a Avenida Joana Angélica, viabilizando mais um acesso ao Centro Histórico de Salvador. A Via Histórico, assim denominada por Lelé, vai dispor de um elevador com vista panorâmica dando acesso ao mercado, para facilitar o deslocamento dos pedestres até o estabelecimento comercial. (Foto: Arisson Marinho/Agecom)
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