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quarta-feira, 21 de julho de 2010

SEC seleciona candidatos para cursos técnicos

Sorteio eletrônico acontece hoje no Instituto Anísio Teixeira

Mais de 36 mil candidatos se inscreveram para concorrer a uma das 2.299 vagas dos cursos técnicos de nível médio ofertados pela rede estadual de Educação. A seleção dos inscritos acontece nesta quarta-feira (21) às 15h, no Auditório 08 do Instituto Anísio Teixeira (IAT), situado na Rua das Muriçocas, Paralela, em Salvador. 

O sorteio eletrônico vai ser transmitido por videoconferência, em tempo real, com a participação de representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas, Auditoria Geral do Estado, Conselho Estadual de Educação e professores. Estudantes e pais também podem comparecer.

Os cursos mais disputados são o de Logística com 148 candidatos por vaga; Alimentos (49) e Eletroeletrônica (48). Todos os inscritos são classificados, mas a convocação obedece à ordem de classificação no sorteio eletrônico e à disponibilidade de vagas, por curso, nos centros com oferta para este semestre.

Segundo o superintendente da Educação Profissional da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), Almerico Lima, o sorteio é uma forma democrática de acessar a Educação Profissional no Estado. A rede de educação profissional dispõe de oito Centros Estaduais, 27 Centros Territoriais e 105 unidades escolares com oferta de Educação Profissional. 

Os contemplados para o Centro Estadual de Educação Profissional em Arte e Design, em Salvador, passam por teste de habilidade específica para a área de artes  - de caráter eliminatório - a ser aplicado no próprio centro. Os classificados para todos os cursos vão ser imediatamente convocados na lista com o resultado do sorteio eletrônico a ser divulgada no Portal da SEC (www.educacao.ba.gov.br), no blog: www.educacaoprofissionaldabahia.blogspot.com e nos centros para os quais o candidato fez a inscrição. As matrículas acontecem de 26 a 28 deste mês nos respectivos centros.

Fonte da matéria e foto: Ascom/SEC

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Agência BB do Iguatemi continua fechada

Interdição prejudica correntistas que dependem de serviços bancários internos

A agência do Banco do Brasil, localizada no Shopping Center Iguatemi, continua interditada pelo terceiro dia consecutivo. O responsável por isso é o prefeito João Henrique, que esteve lá pessoalmente na última-segunda-feira (12) para fechar o estabelecimento. O motivo alegado é o descumprimento à lei de atendimento no tempo máximo de 15 minutos.

Realmente é um problema perder tempo em qualquer fila. Pior do que isso são os transtornos vivenciados pelos correntistas da agência 1803-1 dependentes dos serviços internos. É o exemplo de quem  não dispõe no momento do cartão - porque foi roubado e ainda não recebeu o novo - para utilizar o caixa eletrônico.  Os jornais locais, infelizmente, não repercutiram o impacto disso na vida dos clientes. O Ministério Público da Bahia também precisa se pronunciar. (Imagem)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Interdição da agência Iguatemi do BB prejudica clientes

Prefeito atribui fechamento ao despeito à lei dos 15 minutos nas filas

O prefeito de Salvador, João Henrique, interditou pessoalmente na manhã de terça-feira (13) a agência do Banco do Brasil (BB) localizada no Shopping Center Iguatemi: Motivo: descumprimento da lei municipal que determina o atendimento ao cliente no período máximo de 15 minutos. Até aí tudo bem. O problema  é que ele decidiu exigir a obediência ao dispositivo legal, somente agora, período em que é acirrada a disputa eleitoral. Portanto não seria exagero supor que por trás  da ação esteja alguma pressão do candidato a governador apoiado pelo prefeito.

Um indício do jogo político nessa fiscalização para reduzir o tamanho a fila no BB do Iguatemi foi um episódio ocorrido no dia 6 deste mês. Alguns técnicos da Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon), que costumam fazer seu trabalho de forma discreta, ficaram constrangidos. É  que o secretário municipal da Sesp (Secretaria de Serviços Públicos e Prevenção à Segurança), Fábio Mota, também esteve lá, acompanhado de várias emissoras de TV e rádio, chamando a atenção para o que seria uma rotineira ação dos ficais da Codecon, órgão vinculado à Sesp.

Claro que ficar mais de 15 minutos numa fila esperando atendimento num banco é muito estressante. Pior é não dispor de nenhum serviço, exceto os caixas eletrônicos, únicos que centistas da agência. No começo da tarde de ontem várias pessoas reclamavam da postura da prefeitura. O ontinuaram funcionando. Ao interditar o banco por cinco dias, o prefeito prejudica e, muito, os correntistas. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) poderia ser exigido sem o fechamento do banco. Que fosse cobrada a devida multa, mas não foi isto o que ocorreu. Agora o cliente também amarga prejuízos pela impossibilidade de fazer operações bancárias nos caixas internos.

Outro aspecto curioso nesta história toda: a mídia só espalhou o release divulgado pela prefeitura, pelo menos, via on line. Não li qualquer versão do Banco do Brasil nem a reação dos clientes à atitude intempestiva do prefeito. Para lembrar: a agência interditada registra grande movimento todos os dias. Muita gente recorre aos serviços internos porque não sabe operar ou se sente insegura para fazer pagamentos nos caixas eletrônicos. (Foto)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Caso Bruno mostra que o esporte nem sempre faz inclusão social

Morte de ex-modelo serve de reflexão sobre futebol, dinheiro e poder

O esporte é um caminho para inclusão social? Pode ser ou não. A tragédia envolvendo o goleiro Bruno, do Flamengo, serve para reflexão sobre o impacto da mudança repentina no padrão de vida de jovens, que revelam seus talentos no campo de futebol. É que nem sempre as pessoas estão prontas para vivenciar de forma tranquila o mundo em torno de dinheiro, fama e poder.

Posso estar equivocada, mas creio que ao descobrir e investir em novos atletas, os times deveriam se preocupar também com a formação desses cidadãos enquanto sujeitos de direitos e deveres na sociedade. Para isso é fundamental valorizar a formação profissional dos craques, independente da atividade nas quadras esportivas. Como o futuro a Deus pertence, segundo o dito popular, não basta o jogador ganhar altos salários. Precisa pensar no hoje e no amanhã. E ter suporte psicológico para o equilíbrio emocional.

O caso do jogador Bruno, suspeito de ser o mandante da morte da ex-modelo Eliza Samudio, 25 anos, é um exemplo de que o esporte nem sempre inclui. O roteiro de horror - desde o desaparecimento da jovem até o depoimento do adolescente menor de idade, que confessou envolvimento no crime - ceifou a vida da  mãe de um bebê de quatro meses, e vai excluir socialmente pessoas, que vão passar muitos anos na cadeia por conta da prática do crime hediondo. 

Que a morte de Eliza não seja em vão. Se o comportamento da ex-modelo fugia dos "padrões normais", isso pouco importa no momento. Não tem porque denegrir a imagem da vítima, que não teve como se defender dos brutos que a mataram. Bruno e os comparsas precisam pagar caro pelo que fizeram. E os times se preocupar com a ficha limpa do atleta antes de transformá-lo em ídolo.(Foto: Flickr)