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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Salvador precisa de mais passarelas de pedestre

Em muitas avenidas sinaleiras agravam congestionamentos do trânsito


Enquanto a prefeitura gasta dinheiro em publicidade dizendo que Salvador é a capital do trabalho e da copa, a cidade continua entregue ao caos. A cidade pára em qualquer dia, em qualquer hora, em qualquer lugar, em longos e irritantes congestionamentos. Nesta época de festas de fim do ano, o problema se torna ainda mais insuportável. Até no sábado ou domingo, os carros andam lentamente, quase parando.

Se o metrô, que estava previsto para ser inaugurado em julho de 2013 no trecho de 12 quilômetros, e até agora não entrou nos trilhos - mesmo com a redução do percurso à metade -, algumas providências poderiam ser adotadas para amenizar a situação. Um exemplo é a substituição de muitas sinaleiras por passarelas de pedestre. 

A Avenida Juracy Magalhães, por exemplo, já merece um equipamento desses, na altura do Centro Médico Salvador. Na via, o trânsito permanece congestionado a maior parte do tempo na área, em decorrência do grande movimento rumo ao Shopping Center Iguatemi. A Tancredo Neves (foto), da mesma forma, merece nova passarela na altura do Shopping Sumaré, onde os pedestres penam, no mínimo cinco minutos, aguardando o sinal verde para atravessar a via.

Na Avenida ACM, é incompreensível que até hoje não exista passarela no trecho do Hipermercado Bompreço. As pistas são largas, e o movimento de veículos e de gente é intenso sempre. A instalação de um equipamento pode ajudar ao trânisto fluir melhor e garantir mais segurança ao pedestre.

Esses são apenas alguns exemplos. E a prefeitura poderia, sim, fazer parceria com empresários para colocar mais passarelas na cidade. Eles faturam muito em seus empreendimentos. Então seria apenas uma troca em benefício de quem precisa transitar pela cidade com mais tranquilidade. (Imagem: Bahia Todo Dia)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Especialistas defendem mais rigor contra tabagismo

Em audiência da Anvisa participantes reclamam de manipulação da indústria para atrair jovens


Participantes da audiência pública convocada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para discutir normas mais duras para a publicidade de produtos derivados do tabaco, reclamaram na terça-feira (6) do que chamaram de manipulação da indústria para atrair o segmento jovem da população.

No debate, muitos defenderam a saúde como direito de todos e como dever do Estado brasileiro, de acordo com esta matéria da Agência Brasil. Entre as ideias propostas pela Anvisa estão ampliar para 60% o espaço utilizado nos maços de cigarro para a veiculação de imagens de advertência, incluir mensagem de advertência voltada para o público jovem e proibir a fixação de cartazes promocionais do lado de fora de pontos de venda.

Para o representante da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Alberto Araújo, a aprovação das alterações será importante para gerar impacto no controle do tabagismo e regular os abusos na promoção de produtos derivados do tabaco entre os jovens.

SAÚDE PÚBLICA

Segundo a representante da Associação Brasileira de Álcool e Drogas, Ilana Pinsky, a consulta pública representa importante medida de saúde pública na prevenção ao tabagismo. Para ela, propagandas de produtos derivados do tabaco em padarias, bancas de revista e supermercados acabam estimulando o consumo por parte dos jovens.

“Existem evidências científicas de que o ponto de venda é um instrumento que pode representar a mesma importância de outros tipos de publicidade. Do ponto de vista da saúde pública, o tabaco não é um produto qualquer. O tabaco é inegavelmente um produto danoso à população”, alertou Ilana.

O representante da Organização Panamericana da Saúde (Opas), Armando Peruga, destacou que o Brasil dispõe de legislação antitabaco avançada, porém os estudos demonstram que as imagens e mensagens de advertência só protegem a saúde das pessoas se forem bastante abrangentes. “A indústria argumenta que o objetivo da embalagem é incentivar os fumantes a trocar de marca, mas isso, com todo o respeito, não é verdade. A publicidade sustenta o uso do tabaco como aceitável”. (Imagem: Blog Basta que Sejas Jovem)

COMENTÁRIO DA EDITORA DO BLOG

Quanto mais rígidas forem as medidas que reforcem o combate ao tabagismo melhor. Agora, ampliar para 60% o espaço utilizado nos maços de cigarro para veiculação de imagens de advertência pouco efeito terá. Fotos horríveis já são publicadas e quem é viciado não está nem aí. Abolir os fumódromos dos ambientes de trabalho, colocar o preço do cigarro nas 'alturas' e proibir a venda para menores de 18 anos talvez tenham maior impacto.
 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Empresa que comprar lixo reciclável terá desconto no IPI

Benefício é restrito à aquisição de resíduos sólidos de cooperativas de catadores


 As empresas que comprarem resíduos sólidos recicláveis de cooperativas de catadores de lixo terão desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O Decreto nº 7.619 determina as condições necessárias para que as empresas tenham acesso à redução do IPI, de acordo com o material utilizado. Já as cooperativas devem ter, no mínimo, 20 cooperados.

Os descontos no imposto variam conforme o tipo e a quantidade de resíduos sólidos usados no produto final. Plásticos e vidros vão proporcionar redução de 50%. O desconto para papéis e resíduos de ferro ou aço é 30%, enquanto resíduos de cobre, alumínio, níquel e zinco permitem o abatimento de 10% do valor do IPI.

A emissão da nota fiscal para comprovar a aquisição do material reciclável é obrigatória. O valor descontado dos produtos deve ser registrado na nota emitida pela empresa que adquiriu os resíduos para reciclagem. Porém os descontos só serão concedidos caso o produto final não esteja isento, suspenso ou imune de IPI.

A representante jurídica da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), advogada Simone Nogueira, considera o incentivo fiscal um facilitador para as compras feitas nas cooperativas. “As transações diretas serão mais fáceis e as cooperativas se organizarão melhor para atender à demanda”, explicou. Para a advogada, o incentivo vai reduzir os custos do produto final e melhorar as condições de trabalho dos catadores organizados em cooperativas. (Foto: Aristeu Chagas)