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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Especialistas defendem mais rigor contra tabagismo

Em audiência da Anvisa participantes reclamam de manipulação da indústria para atrair jovens


Participantes da audiência pública convocada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para discutir normas mais duras para a publicidade de produtos derivados do tabaco, reclamaram na terça-feira (6) do que chamaram de manipulação da indústria para atrair o segmento jovem da população.

No debate, muitos defenderam a saúde como direito de todos e como dever do Estado brasileiro, de acordo com esta matéria da Agência Brasil. Entre as ideias propostas pela Anvisa estão ampliar para 60% o espaço utilizado nos maços de cigarro para a veiculação de imagens de advertência, incluir mensagem de advertência voltada para o público jovem e proibir a fixação de cartazes promocionais do lado de fora de pontos de venda.

Para o representante da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Alberto Araújo, a aprovação das alterações será importante para gerar impacto no controle do tabagismo e regular os abusos na promoção de produtos derivados do tabaco entre os jovens.

SAÚDE PÚBLICA

Segundo a representante da Associação Brasileira de Álcool e Drogas, Ilana Pinsky, a consulta pública representa importante medida de saúde pública na prevenção ao tabagismo. Para ela, propagandas de produtos derivados do tabaco em padarias, bancas de revista e supermercados acabam estimulando o consumo por parte dos jovens.

“Existem evidências científicas de que o ponto de venda é um instrumento que pode representar a mesma importância de outros tipos de publicidade. Do ponto de vista da saúde pública, o tabaco não é um produto qualquer. O tabaco é inegavelmente um produto danoso à população”, alertou Ilana.

O representante da Organização Panamericana da Saúde (Opas), Armando Peruga, destacou que o Brasil dispõe de legislação antitabaco avançada, porém os estudos demonstram que as imagens e mensagens de advertência só protegem a saúde das pessoas se forem bastante abrangentes. “A indústria argumenta que o objetivo da embalagem é incentivar os fumantes a trocar de marca, mas isso, com todo o respeito, não é verdade. A publicidade sustenta o uso do tabaco como aceitável”. (Imagem: Blog Basta que Sejas Jovem)

COMENTÁRIO DA EDITORA DO BLOG

Quanto mais rígidas forem as medidas que reforcem o combate ao tabagismo melhor. Agora, ampliar para 60% o espaço utilizado nos maços de cigarro para veiculação de imagens de advertência pouco efeito terá. Fotos horríveis já são publicadas e quem é viciado não está nem aí. Abolir os fumódromos dos ambientes de trabalho, colocar o preço do cigarro nas 'alturas' e proibir a venda para menores de 18 anos talvez tenham maior impacto.
 

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