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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Exposição doce no MAM

Resultado de trabalho multidisciplinar continua até 26 de julho

Indispensável nessas delícias, o acúcar é tema
de exposição coletiva em Salvador. Foto de
Regis Capibaribe.

Quem não gosta de saborear bolos, tortas, biscoitos, chocolates e uma variedade de gostosuras que levam o açúcar na preparação? Pois este ingrediente produzido a partir da cana-de-açúcar é tema de uma exposição coletiva no Museu de Arte Moderna (MAM) em Salvador. É a Saccharum BA, que pode ser admirada até o dia 26 de julho, graças à parceria com o Goethe-Institut (ICBA) e a Escola de Belas Artes da UFBA.

Com diversas linguagens, o tema açúcar é abordado em múltiplas possibilidades na forma de trabalhos desenvolvidos por artistas brasileiros e estrangeiros. A exposição tem Alejandra Muñoz na curadoria e resulta do projeto multidisciplinar A Rapadura e o Fusca: Cana, Cultura, Sociedade, que acontece desde fevereiro de 2008.

A mostra Saccharum BA vai ocupar o Casarão, a Galeria Subsolo e a Capela do MAM, além de salas expositivas na Galeria Solar Ferrão, no Pelourinho. A escolha do Museu de Arte Moderna, como sede principal, decorre da localizado no Solar do Unhão, antigo engenho/entreposto de açúcar e conjunto industrial colonial mais importante de Salvador. Leia mais aqui.

Projetos em benefício dos aposentados

Senador Paulo Paim diz que decisão pode sair nas próximas horas



O governo deve decidir nas próximas horas sobre os projetos que concedem aumentos acima da inflação aos aposentados do INSS, segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), que teve um breve encontro com o presidente Lula na última sexta-feira. Na tarde desta segunda (29 de junho) , no Plenário, Paim disse estar "esperançoso" porque notou "sensibilidade" por parte de Lula ao falar do assunto. Vamos torcer e crê.
De acordo com o senador, na terça (30), lideranças governistas vão se reunir na Câmara para estudar a forma de se comportar em relação ao Projeto de Lei do Senado (PLS), Nº 296 de 2003, e ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) , Nº 42 de 2007, que estão prontos para votação dos deputados. O primeiro, proposto por Paulo Paim, altera a forma de cálculo dos benefícios da Previdência Social. O segundo é referente ao reajuste do salário mínimo, que recebeu uma emenda do senador para que o mesmo índice seja estendido aos aposentados.



quinta-feira, 25 de junho de 2009

Chega de guerra de espadas!

Festa sangrenta em Cruz das Almas deixa quase 170 vítimas

A festa junina em Cruz das Almas, na Bahia, deixou quase 170 vítimas este ano. Crianças, jovens e idosos sofreram queimaduras em decorrência da guerra de espadas (foto Portal Cruz), que a cada São João leva muita gente ao pronto-socorro. De acordo com A Tarde On Line, quatro pessoas com lesões mais graves precisaram ser removidas para o Hospital Geral do Estado (HGE) na capital. Os números revelam, mais uma vez, a gravidade da brincadeira sangrenta que persiste com o aval das autoridades.

O Ministério Público da Bahia precisa adotar alguma providência para amenizar esses danos. A alternativa melhor é realmente impedir essa prática. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) não deve ser suficiente, uma vez que os participantes da batalha de espadas não respeitam as áreas delimitadas, como A Tarde relata aqui. Ao invés de seguirem a orientação, espadeiros lançavam suas "armas" em direção a postos de gasolina, carros, casas e transeuntes.

Não adianta o argumento de que, por ser uma tradição, a guerra de espada deve ser mantida. O que precisa ser garantida é a integridade das pessoas, sejam moradores de Cruz das Almas ou visitantes. Já passou a hora de se dar um basta nessa festa perigosa. Campanhas como “Espadeiro Consciente Respeita a Vida”, realizada pela Prefeitura, não funcionam.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Avenidas calmas no São João

Salvador fica vazia e veículos circulam de forma tranquila


O trânsito em Salvador está uma beleza agora no início da noite. Os veículos circulam de forma tranquila mesmo em avenidas que levam a grandes centros comerciais da cidade. É que a capital baiana experimenta o vazio próprio dos feriadões. O Dia de São João é a quarta-feira (24), porém desde o sábado muita gente viajou em busca de forró. Contribuiu para isso o ponto facultativo concedido aos funcionários do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, nesta segunda e terça (23), utilizando o sistema de compensação das folgas em outros dias.

A calma nas ruas deve se acentuar amanhã. Permanece na capital somente quem não pôde se afastar de seus compromissos profissionais hoje nem na quinta (25) de manhã. Essas pessoas devem ficar atentas ao que funciona no feriado. Os bancos tem expediente normal, muitos supermercados ficam abertos, mas os shoppings fecham mais cedo. A Tarde On Line informa os horários dos serviços de forma detalhada. Consulte aqui, se organize e tenha um bom São João.




domingo, 21 de junho de 2009

Em pleno ritmo do forró

Educadora FM brinda ouvinte com maratona musical junina

Quem não viajou neste feriado de São João pode entrar no ritmo do forró sem sair de casa. Basta ligar o rádio, sintonizar a Educadora FM 107.5, limpar os ouvidos e escutar Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Virgílio, Luiz Caldas, Jó Miranda e o Funaná, estilo musical de Cabo Verde parecido com o forró brasileiro.

De acordo com a Agência Geral de Comunicação (Agecom), a maratona de ritmos reúne diversidade de artistas que cantaram ou ainda cantam a música junina. É uma grande viagem pelos gêneros, que inclui o baião, o xaxado, o coco, o martelo, o galope e até a marcha-rancho e o samba. E não esquece modalidades de forte apelo radiofônico, exemplo do forró universitário e o de base eletrônica das bandas e suas garotas sensuais.

A maratona de ritmos está no ar desde sábado (20) e continua até o dia 27 próximo. Às 19h deste domingo (21) segue com o programa Educadora ao Vivo, uma coletânea de vários shows pelo Brasil dos artistas Dominguinhos e Elba Ramalho, numa produção de Nilton Amorim. Logo após (20h) é a vez dos Sucessos que o tempo não apagou apresentando o resultado de encontros de artistas nordestinos, como Luiz Gonzaga e Fagner, Ednardo e Amelinha, Belchior e vários outros. Confira abaixo a programação dos próximos dias:

Segunda - 22/06

18h - Especial das Seis – São João 2009 da Educadora FM - “Forró Enredo” – Del Feliz

Nesta segunda, o programa traz o cantor e compositor baiano Del Feliz, que apresenta o seu último CD, Forró Enredo, lançado em 2008. Destaque para as músicas Assim Distante e Começo e Fim, a versão em xote para o clássico de Roberto e Erasmo Carlos, Além do Horizonte, e o hino do São João A Maior Festa do Brasil, com a participação de 15 forrozeiros da Bahia, como Luiz Caldas, Carlos Pitta, Adelmário Coelho, João Sereno, Virgílio, Quininho de Valente, Léo Macedo da Estakazero, entre outros. Produção de Emmanuel Mirdad.

Terça - 23/06

18h - Especial das Seis – São João 2009 da Educadora FM - “Festa de Sanfoneiros” – Luiz Caldas

No programa, véspera de São João, o cantor, compositor e multi-instrumentista baiano Luiz Caldas apresenta o seu novo CD de forró, Festa de Sanfoneiros, lançado este ano no seu site, dentro do projeto das 130 Canções Inéditas. Todo baseado no pé-de-serra, traz a genuína essência do forró tradicional, com destaque para as músicas Mariá, Cabra Confuzento, Estrela do Meu Lar, A Hora do Arrasta-Pé, entre outras. Produção de Emmanuel Mirdad.

20h -Deste horário até as seis da manhã de 24/06, exclusivamente forró. Entre os destaques, o programa Memória do Rádio, com Luiz Gonzaga e clássicos do São João.

Quarta - 24/06

18h - Especial das Seis - Uma hora de duração - São João 2009 da Educadora FM - Dominguinhos e amigos

Neste grande dia de São João, o programa terá uma hora de duração, trazendo o ilustre forró do ícone Dominguinhos, acompanhado de grandes amigos, como Fagner, Elba Ramalho, Marinês, Zé Ramalho, Flávio José, Chico Buarque, Nando Cordel, entre outros, com destaque para as músicas A Vida do Viajante, O Xote das Meninas, Numa Sala de Reboco, Olha pro Céu, entre outros clássicos. Produção de Bárbara Lisiak.

Quinta - 25/06

18h - Especial das Seis - São João 2009 da Educadora FM - Canções de Luiz – Targino Gondim

Não é porque passou o São João que o Especial das Seis vai parar de festejar! Ainda curtindo o clima junino, o programa traz o cantor, compositor e sanfoneiro Targino Gondim, que apresenta o seu álbum mais recente, Canções de Luiz, uma homenagem ao Rei do Baião, mestre maior. Destaque para os clássicos Juazeiro e Boiadeiro, e o pout-pourri instrumental para Asa Branca, Baião e Pé de Serra. Produção de Emmanuel Mirdad.

21h - Faixa Nobre – Outros Baianos

O programa destaca o sanfoneiro Jó Miranda, que fala da sua trajetória e apresenta o primeiro CD, intitulado O Povo Quer Forró. Entre as músicas executadas, destaque para Saudade Baião, Agarradinho Só, Forró na Bahia e Xote Arrasta Pé. Produção e apresentação do maestro, radialista e pesquisador Tom Tavares.

Sexta - 26/06

18h - Especial das Seis - São João 2009 da Educadora FM - A Voz do Forró – Virgílio

Nesta sexta, no último Especial das Seis dedicado ao São João 2009 da Educadora FM, o programa traz o cantor Virgílio, que apresenta o seu novo CD, A Voz do Forró, lançado este ano. Destaque para as músicas O Lual, Cancela Fechada, Beabá do Amor, Zeca Pimenteira, Forró do Bom, entre outras. Produção de Emmanuel Mirdad.

Sábado - 27/06

12h - Especial de Sábado – São João 2009 da Educadora FM - Os grandes sucessos de Flávio José

Este é o último programa dedicado ao São João. E a despedida será em grande estilo, apresentando vários sucessos do paraibano Flávio José, um dos maiores nomes do legítimo forró do Nordeste, com mais de 25 anos de carreira, oito LPs e 17 CDs lançados. No set list, clássicos como Tareco e Mariola, Sem Ferrolho Sem Tramela, Nordestino Lutador, Me Diz Amor, entre vários outros grandes sucessos. Produção de Emmanuel Mirdad.

sábado, 20 de junho de 2009

Crônica da Semana / O diploma

Notícia de impacto possibilita diversas reflexões
Não tenho como evitar o assunto na crônica desta semana. Se você desconfiou, acertou. É mesmo a "morte" do diploma para o exercício do Jornalismo. Por que abordar o tema mais uma vez? Por ser uma noticia de impacto merecedora de outras reflexões. E de recordações da época em que, de forma honrosa, fiz o Curso de Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal da Bahia (UFBa) nos duros anos do regime militar.

As lembranças surgem por conta de um comentário que li hoje, não sei bem onde, favorável à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) extinguindo o diploma, com a tese de que a regulamentação profissional - por ocasião da ditadura militar - foi um meio de afastar dos jornais pessoas que reagiam ao governo. Ao menos, na Bahia, isso está longe da verdade. Comecei estágio no segundo ano da faculdade, e tive entre os colegas vários ferrenhos esquerdistas. Alguns só depois fizeram o vestibular e se tornaram profissionais diplomados.

Existem argumentos contra o diploma em decorrência da precariedade dos cursos que estariam formando jornalistas despreparados. E os demais? Bacharéis em Direito, médicos, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, economistas, administradores, por acaso, saem das escolas capacitados devidamente para o mercado de trabalho? Claro que não. Portanto está em xeque a qualidade do ensino em todos os níveis no País, e não apenas as escolas de Jornalismo.

Em síntese, por que a guerra declarada aos jornalistas portadores de diploma? Por que desqualificar tanto os profissionais? Será que cometeram um "pecado" ao se formar nessa área específica? É interessante notar como as grandes organizações festejam a suposta derrota dos diplomados. Alguma vantagem elas tem, e que ninguém duvide disso.

Por último, pago pra ver matérias (e não divagações) dos ministros que aboliram o nosso diploma. Tão habituados a uma linguagem hermética, permeada de chavões, eles escreveriam de forma leve, e ao mesmo tempo seguindo a norma culta, como pede o bom texto jornalístico? Duvido, duvido, duvido...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

"Morte" do diploma de jornalista / Parte 2

Decisão do STF pode gerar anarquia no mundo do trabalho

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a extinção do diploma de jornalista leva a algumas indagações. A atividade dos advogados, dos arquitetos, dos engenheiros, dos geólogos e de tantos outros profissionais deve ser exclusiva deles? O que os "sábios" integrantes dessa instância jurídica acham do "rábula" ocupar o espaço do portador do diploma de Bacharel em Direito? Para quem não sabe, o "rábula" era alguém que atuava na advocacia sem ter formação específica para isso.


O Supremo abriu um precedente arriscado que pode dar espaço para a anarquia no mundo do trabalho. Agora qualquer pessoa pode se achar no direito de atuar profissionalmente onde bem entender. E não duvido da possibilidade disso gerar ações judiciais. Por exemplo, se o Jornalismo não exige técnicas especificas, quais técnicas tem o Direito? Sem um olhar atencioso, que faltou aos oito ministros que votaram contra o diploma dos jornalistas, poderia se afirmar que basta estudar as normas e colocar um Código sob o braço para exercer o papel dos profissionais da área.

Além de inoportuna, a "morte" do diploma do jornalista revela o jogo de interesses que se esconde nessa história. É interessante como as grandes corporações do segmento aplaudem o STF. Claro que não poderia ser de outra forma. O Tribunal preferiu ignorar a situação de uma categoria importante - profissionais e estudantes em busca do diploma - para decidir favoravelmente ao pedido dos empresários.

O futuro dirá se os "sábios" acertaram, mas desconfio. Pela primeira vez em muitos anos, ouço vozes de jornalistas de um lado a outro do Brasil lamentando a infeliz decisão do STF. Pode ser que nasça uma mobilização fortalecendo a classe que andava meio dispersa nos rincões do País. Ontem (dia 18) li um comentário no portal Comunique-se, onde um profissional já falava numa possível criação da Associação dos Jornalistas Diplomados. Este pode ser um caminho.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

'Morte' do diploma de jornalista / Parte 1

Decisão do Supremo Tribunal Federal favorece empresários da área

Uma rosa de presente, depois uma bordoada inesquecível. Na véspera do 1º de maio de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu a obsoleta Lei de Imprensa. Recebeu aplausos por isso. Na noite de quarta (17 de junho), aboliu o diploma de graduação para o exercício do jornalismo, com o voto inclusive do presidente e relator da matéria, Gilmar Mendes. Hoje só recebe críticas de profissionais indignados, uma vez que a decisão só favorece o empresariado.

A única voz destoante foi o ministro Marco Aurélio. Sem meias palavras, ele disse: "Agora chgamos à conclusão de que passaremos a ter jornalistas de gradações diversas. Jornalistas com diploma de curso superior e jornalistas que terão, de regra, o nível médio e quem sabe até o nível apenas fundamental”, ponderou. Argumentou ainda que "...tendo o profissional um nível superior estará [ele] mais habilitado à prestação de serviços profícuos à sociedade brasileira."

Essa "guerra" judicial - posicionando de um lado os defensores do diploma, e de outro, os contrários à formação específica para a atividade - começou em 2001. Nesse ano, a juíza Carla Rister concedeu liminar a favor do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo, que pedia o fim da exigência legal. Entre ganhos e perdas, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) sempre lutou em defesa do direito conquistado pelos profissionais. Mas não venceu quando a matéria chegou ao STF.

CONTRADIÇÃO

Gilmar Mendes considerou dispensável o diploma. Entretanto, em matéria no portal Comunique-se, afirma: “É inegável que a frequência a um curso superior pode dar uma formação sólida para o exercício cotidiano do jornalismo. Isso afasta a hipótese de que os cursos de jornalismo serão desnecessários”, avaliou. De acordo com ele, “são os próprios meios de comunicação que devem definir os seus controles”. Aparece aí uma contradição, pois se não há necessidade de diploma, a lógica seria também abolir a formação universitária.

Em matéria do site do STF, Mendes diz que “o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada”. Segundo ele, “o jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada”.

No resumo da ópera, caiu por terra uma profissão regulamentada em 1969, portanto, há 40 anos. Quem é contra o diploma afirma que a exigência do diploma nasceu de um decreto da época da ditadura. E daí? A tecnologia no âmbito da comunicação, queira ou não, também avançou nesse período, mas seria um contransenso destruir tudo e recomeçar do zero. Quando a democracia foi reconquistada no Brasil, houve aprimoramento e são inegáveis os novos avanços.

MÉRITO


No trágico 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal julgou o mérito do Recurso Extraordinário 511961 interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp). Em foco, o acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que afirmou a necessidade do diploma, contrariando decisão da 16ª Vara Cível Federal em São Paulo, numa ação civil pública. Do lado dos jornalistas, estavam a Fenaj e a Advocacia Geral da União.

A quem agradou a "morte" do diploma. O lead de matéria publicada hoje na Folha Online responde: "A decisão do Supremo Tribunal Federal que revogou a obrigatoriedade do diploma de jornalista foi criticada pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa), mas elogiada pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV)."

PRÁTICA


Da teoria à prática há uma grande distância na questão do diploma. Um dos ministros do STF chegou ao absurdo de afirmar que o jornalismo é literatura e muitos talentos agora vão ter espaço para atuar. É bom relembrar que os jornais sempre deram espaço para articulista e comentarista de outras áreas, e nunca os profissionais diplomados declararam guerra contra isso.

Ao que parece, advogados, médicos, arquitetos, engenheiros e tantos outros querem muito mais. Fazerem reportagem? Duvido. Primeiro porque não vão saber por onde começar. Segundo, não teriam disposição de cumprir pautas no dia-a-dia estressante de uma redação. Depois, essa história de que o jornalismo não requer técnica é balela. Existem técnicas sim, e não sou poucas.

Antes de tudo, é preciso separar o joio do trigo. Ou seja, compreender o que é notícia e como transmiti-la. Já vi muitos textos, onde a principal informação que deveria estar no lead aparece no último parágrafo. Resumindo: aprendemos a dar bom título em pouco espaço (tipo duas linhas de dez toques ou menos); diferenciar os gêneros textuais (entrevista ping-pong, reportagem, coluna, notícia informativa); contextualizar a notícia; postura profissional diante das fontes; e ética.

Nem sempre quem porta o diploma exerce bem a profisssão. Mas isto é exceção, tal como acontece em outras atividades. O que seria preciso então? Entre outras providências, investir na melhoria dos cursos, aprimorando a grade curricular e exigindo das faculdades qualificação dos professores. Porém nada disso interessa agora, não é? O diploma já era, e as empresas vão poder contratar qualquer pessoa.



quarta-feira, 17 de junho de 2009

Carnaval baiano tem novidade em 2010

Trios elétricos deixam de circular na Rua Carlos Gomes

O Carnaval de Salvador tem novidades em 2010. A principal é a extinção da passagem de trio elétrico na Rua Carlos Gomes. Ao chegar à Praça Castro Alves - onde faz breve apresentação após circular pelo Campo Grande e Avenida Sete -, o destino é o Comércio (Cidade Baixa). Caso sejam efetivamente concretizadas, as alterações vão desafogar o espaço para quem não abre mão de curtir a folia no centro antigo da capital baiana.

As mudanças foram anunciadas na noite de terça (16) depois de reunião do Conselho Municipal do Carnaval. Porém a proposta depende de avaliação técnica da Polícia Militar, Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), Defesa Civil, Transalvador e outras organizações envolvidas nos preparativos da festa. A inovações incluem a transformação da famosa Praça do Poeta numa área destinada a camarotes e imprensa.

É uma boa idéia resgatar a folia na Castro Alves, palco de inesquecíveis encontros de trios que se estendiam até por volta das 9h da Quarta-feira de Cinzas. Antes da Barra se tornar o cenário maior do Carnaval, era aos pés do poeta que o folião suava o abadá ou a mortalha - indumentária dos blocos até o início dos anos 90. Uma celebração bem diferente da que é apreciada de camarotes caros de hoje e, na maior parte das vezes, desconfortáveis.

Se os trios realmente forem impedidos de circular na Carlos Gomes, certamente os foliões vão comemorar o fim dos congestionamentos que enfrentavam todo ano no trecho. E de quebra, quem não gosta de seguir essas gigantescas máquinas de som, vão poder admirar no espaço manifestações carnavalescas de menor porte. E também conforto na hora que tiver vontade de saciar a fome nas barracas de alimentação.




sábado, 13 de junho de 2009

Crônica da Semana / Revisando TCC

Trabalho exige tempo e dedicação para ser bem feito



De tanto ler e reler um trabalho de conclusão de curso (TCC) de alunos de Publicidade, de uma faculdade em Salvador, quase não sobra tempo para produzir a crônica desta semana. Então por que não falar do assunto? É o que farei a partir de agora, exatamente às 19h22 de 13 de junho, dia de homenagem a Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Uma revisão consistente vai além das regras gramaticais. É importante dar atenção à linguística textual e, se preciso, melhorar o que foi escrito pelo autor - obviamente respeitando o conteúdo e a estrutura. Isso deve ser feito de maneira bem cuidadosa para o revisor não incorrer no equívoco de transformar um texto em outro texto. Mas clareza e leveza são fundamentais e, às vezes, existe a necessidade de reescrever alguma coisa.

A revisão de um trabalho acadêmico não pode ser feito às pressas porque é necessário também observar as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Há regras para tudo: como apresentar títulos, subtítulos, fonte e corpo do texto, recuo do parágrafo, inserção de citações, siglas, referência, sumário e tantos outros aspectos.

Em razão disso fiquei surpresa quando uma estudante telefonou, ontem à noite, solicitando para adequar uma monografia de 150 páginas às normas técnicas da ABNT. Quando perguntei o prazo, levei susto maior: segunda-feira próxima, dia 15. Claro que recusei porque minha postura profissional não admite isso. Afirmei que estava concluindo a revisão de outro TCC e era impossível fazer o trabalho em dois dias, mesmo que eu tivesse tempo livre.

Percebo em alguns trabalhos o repetitivo uso de "que", "com" e "como". O problema decorre de frases longas, geralmente, em torno de três linhas. Outras expressões igualmente aparecem muitas vezes denunciando que o vocabulário precisa melhorar. Falta ainda a capacidade de sintetizar. De passar a idéia ao texto economizando palavras, com elegância e simplicidade.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Turistas rumo ao Pelô

'Ônibus do Forró' levam hóspedes até o palco da festa em Salvador



Os turistas que já se encontram na cidade ou vão chegar para o São João dispõe de um serviço legal e de graça: o Ônibus do Forró fazendo o percurso entre os principais hotéis da cidade e o Pelourinho. A iniciativa é da Secretaria de Turismo (Setur) e da empresa Salvador Bus, que até o dia 28 oferecem aos visitantes dois veículos, com capacidade para 64 pessoas cada um. Um ponto de partida é o Stella Maris Resort, às 19h. O outro, o Hotel Pestana, no Rio Vermelho, às 19h30.

Segundo a Agecom, além do conforto no deslocamento ao som de zabumba, sanfona e triângulo, os turistas tem a oportunidade de conhecer outras áreas da cidade, enquanto não desembarcam no Centro Histórico de Salvador. O ônibus que sai de Stela Maris acolhe visitantes em hotéis situados até o bairro de Ondina. O outro inclui o trecho até o Campo Grande. O retorno é à meia-noite independente do número de passageiros da ida ao Pelourinho.

O Ônibus do Forró não está restrito aos hóspedes de hotéis. Outros turistas que desejam aproveitar o serviço devem se dirigir a um dos locais do roteiro, acenar para o motorista e entrar no carro. Depois basta ensaiar o arrasta-pé antes de mergulhar na festa do Pelô (foto de Aristeu Chagas/Agecom) Agora um conselho: deixem relógios, câmeras fotográficas e objetos similares na mala. É só para não chamar a atenção de quem adora coisas alheias.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

São João leva baianos para a estrada

Muita gente em busca de festa
congestiona o trânsito nas rodovias
Quem deseja viajar no período do São João, enfrentando as rodovias que cortam a Bahia, deve se programar para evitar transtornos no caminho. Em 2008, o dia 24 de junho caiu numa terça-feira. Muita gente emendou a sexta, o sábado, o domingo, a segunda, em busca de festa. E as pessoas que pegaram a estrada, no sábado, amargaram horas num gigantesco engarrafamento na BR-324, ligação da capital baiana com as BRs 116 e 101.

O feriado deste ano é numa quarta. Portanto o número de veículos pode ser menor em relação ao ano passado. Ainda assim, não custa ficar atento. A grande animação do São João acontece na noite de 23 para 24 próximos. Seguindo o costume, muita gente deixa Salvador para dançar o forró em cidades próximas e até em outras distantes. Desta vez a tendência é que o deslocamento maior seja em direção ao Recôncavo e ao Litoral Norte pela dificuldade de emendar o feriado no meio da semana.

Forró autêntico é o que existe de melhor nas festas juninas com a homenagem a Santo Antônio (dia 13), São João (24) e São Pedro (29). O som da sanafona e do pandeiro incentivam a dança de forma mais agradável. Nas últimas décadas, infelizmente, os festejos na Bahia lembram mais o Carnaval e suas grandes, barulhentas e lucrativas bandas. Aí vem a saudade de Luiz Gonzaga. Nasce o desejo de voltar ao tempo de Asa Branca, Assum Preto, Olha pro Céu.


terça-feira, 9 de junho de 2009

Guerra de espadas, brincadeira sangrenta.

Batalha de Cruz das Almas termina com dezenas de pessoas feridas todo ano


O clima dos festejos juninos invade a Bahia. No interior, onde a tradição é maior, o arrasta-pé nem sempre significa animação, consumo de licor, amendoim e de outras delícias da ocasião: a queima de fogos, principalmente a guerra de espadas em Cruz das Almas, todo ano deixa várias pessoas feridas, muitas vezes, em estado crítico.

A tragédia se repete a cada Festa de São João no município situado a 146 quilômetros de Salvador. A história registra tentativas para impedir, mas prevaleceu a vontade de quem defende a continuidade da brincadeira sangrenta. Hoje o espaço da batalha é delimitado, e as casas das imediações são protegidas. Infelizmente essas providências não impedem que pessoas sejam atingidas pelos fogos.

Diversos produtos - alguns bem perigosos - são usados no fabrico das espadas, entre os quais, enxofre, carvão de quarana, cera de abelha, óleo de coco, parafina, além de barro, pólvora, salitre, bambu maduro, sisal, breu e cordão. O risco de acidentes começa justamente aí no manuseio. Depois invade as ruas da cidade transformando a alegria em tristeza. No ano passado, em 11 dias de festa, 114 pessoas sofreram queimaduras de vários graus.

A programação deste ano está divulgada no site da Prefeitura. O cenário da guerra de espada inclui a Praça Senador Temístocles e algumas ruas reservadas da cidade. A queima dos fogos de de efeito bonito e, ao mesmo tempo, arriscado é liberado a partir das 18h de 23 de junho. Porém o confronto maior acontece no dia seguinte. Segundo a Prefeitura, o Decreto Municipal nº 267A, de 5 de maio de 2005, estabeleceu regras de segurança para a fabricação e o uso das espadas. Pelo visto, a medida não surte efeitos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sem cinto de segurança, a vida corre perigo.

Uso do equipamento em Salvador ainda não se tornou espontâneo
O cinto de segurança é equipamento obrigatório para todos os ocupantes de veículos automotores há mais de 11 anos. Porém, seguindo a cultura do brasileiro de desrespeito às leis, por conta da impunidade, muitas pessoas agem como se não existisse determinação legal. Na tarde desta segunda-feira (8 de maio) um taxista afirmou que, pela primeira vez, ouviu alguém procurar saber se o equipamento estava em condições de ser usado.

Soa estranha a pergunta da usuária do táxi porque, em tese, o cinto deveria funcionar direitinho em todos os assentos. Mas tem fundamento. É que os encaixes, às vezes, vão parar sob o encosto dos bancos traseiros, e as alças estão retorcidas, tornando impossível o uso do cinto. Aí a vida das pessoas corre perigo no trânsito.

A obrigatoriedade do equipamento tem respaldo na Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), nº 14, de 6 de fevereiro de 1998. No entanto, o uso não se tornou espontâneo. Nas poltronas da frente é mais comum - ainda assim há motoristas, até de táxi, que erram duplamente por não colocar o cinto nem orientar o passageiro para colocar.

O cinto não se tornou obrigatório por acaso. Trata-se de um dispositivo criado para proteger os ocupantes de aeronaves, veículos automotores, exceto motos, em praticamente todos os países. Segundo a Wikipédia, quando há colisão, o equipamento impede a projeção do passageiro para fora, contra o para-brisa ou outras partes duras do carro. Apesar disso, tem gente que reclama do desconforto ou admite o medo de ficar presa no caso de acidente.





domingo, 7 de junho de 2009

Proibição de cigarro gera críticas em bares

Fumantes dizem que são discriminados e lembram falta de base legal da medida

O primeiro final de semana com a vigência da lei, que proibe o cigarro em bares e restaurantes de Salvador, foi marcado por muitas críticas à medida. O argumento principal dos fumantes, que se sentem discriminados, tem base no fato de que o tabaco é uma droga lícita no País, tal como o álcool. Sentem-se discriminados e argumentam a falta de amparo da determinação na legislação brasileira.

Diante dos danos do tabagismo à saúde das pessoas, o governo e parlamentares deveriam enfrentar com mais firmeza os fabricantes de cigarro e similares. Mas existirá coragem suficiente para pressionar poderosas indústrias? Por exemplo: elevar os preços de modo que forçasse redução do consumo ou impedir a produção. Pelo que pode ser observado, estas possibilidades estão muito longe, mas não é demais relembrar.

A nova lei foi sancionada pelo prefeito João Henrique na sexta-feira (29 de maio). Ainda não está regulamentada. Mas diante do que foi divulgado, a multa variando de R$ 200,00 a R$ 2 milhões é passível de ser aplicada contra o infrator - seja o fumante ou o dono do estabelecimento.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Frans Krajcberg doa acervo à Bahia

Artista plástico de origem polonesa retrata agressões ao meio ambiente no Brasil



Na semana comemorativa do Meio Ambiente, a Bahia ganhou um presente pra lá de especial. O artista plástico e ambientalista Frans Krajcberg doou ao Estado seu acervo de obras e o sítio localizado no Extremo-Sul baiano. Ele e o governador Jaques Wagner assinaram a escritura de doação na solenidade de abertura do Seminário Nordeste: Água, Desenvolvimento e Sustentabilidade, quinta-feira (4), no Fiesta Bahia Hotel.

Polonês de nascimento, cidadão brasileiro a partir de 1954, Frans escolheu a Bahia para viver, a partir de 1972, de uma forma bem ecológica de ser, em Nova Viçosa - onde fez uma casa na copa de uma árvore. Mais de mil esculturas, relevos, desenhos, fotografias e filmes, cobiçados em outros estados brasileiros e no exterior, vão continuar no sítio. Sua vasta obra expressa o cenário das paisagem brasileiras, com destaque para a Floresta Amazônica e a preocupação com o meio ambiente.

Frans Krajcbeg nasceu em 1921, cursou Engenharia e Artes na Universidade de Leningrado, na Rússia. Posteriormente estudou na Academia de Belas Artes de Stutgart, Alemanha. Desembarcou no Brasil em 1948. Três anos depois já marcava presença na 1ª Bienal de São Paulo. Em 1964, passou a criar as primeiras esculturas com troncos de árvores mortas (foto de Manu Dias/Agecom).

Ele viaja e documenta o que vê em vídeo/fotos. Nas imagens do fogo destruindo a vegetação - seguido da paisagem morta -, o artista encontrou uma forma de denunciar a agressão à natureza. O governo baiano agora tem a grande responsabilidade de preservar o acervo do artista. De acordo com o governador, o espaço físico doado vai ser transformado em uma fundação tendo o artista como primeiro presidente. Leia mais sobre a doação aqui.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Apub Saúde diminui rede credenciada

Plano corta 82 prestadores de serviço em várias especialidades

A Associação dos Professores Universitários da Bahia vai descredenciar, a partir de 1º de julho, 82 prestadores de serviço do Apub Saúde. A correspondência assinada pelo presidente da entidade, Israel de Oliveira Pinheiro, e distribuída via Correio aos segurados, informa que saem da rede 57 prestadores dos planos Alfa, Beta e Básico, além de 25 que atinge somente o Alfa, o mais antigo.

O presidente da Apub afirma que a nova formatação não comprometerá a qualidade da assistência prestada nem dos serviços oferecidos. Porém, ao menos na hora de precisar de um serviço, não há dúvida que o segurado vai passar por transtornos. Primeiro, porque é preciso comparar a lista antiga da rede com a relação dos descredenciados e verificar o que sobra. Segundo, porque a mudança forçada de um prestador antigo para outro que ainda não conhece gera, pelo menos, insegurança.

Na extensa lista de descredenciados constam diversas especialidades, no entanto, o que mais aparecem são laboratórios de patologia e clínicas de oftalmologia. Nas listagens aparecem prestadores como os laboratórios Leme, Exame, Maria Clara Costa, Datalab, Laboclin, Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), Image Memorial, Hospital Santa Luzia, entre outros.

PENALIZADOS DUPLAMENTE

Os segurados do Plano Alfa são penalizados duplamente porque se veem de uma hora para a outra sem a opção de 82 serviços. A justificativa é que o valor da mensalidade não corresponde às exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os planos Beta e Básico, de acordo com a Apub, já estão adaptados ao que a agência exige. Então vale perguntar: por que os segurados dessas modalidades também vão ser penalizados?

Os segurados sabem que o Apub Saúde é um plano de autogestão e não visa lucro. Porém, há mais ou menos três anos, foi cobrada taxa extra por 12 meses seguidos para cobrir a defasagem entre a arrecadação e as despesa. Por conta disso surpreende a redução da rede credenciada. Outra coisa: a opção Alfa surgiu junto com o plano. É mais antiga e, agora, a mais penalizada. A tabela com os valores cobrados, lamentavelmente, não consta dos regulamentos dos planos divulgados no site da Apub.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Exigências / Mototaxista & Motoboy

Comissão do Senado aprova parecer que regulamenta as atividades

O parecer do senador Expedito Júnior (PR-RO) ao projeto de lei do Senado (PLS
203/01), que regulamenta as atividades de mototaxista e motoboy, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (3). O próximo passo agora é a apreciação da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

A medida estabelece normas quanto ao uso de motos no transporte de passageiros, na entrega de mercadorias e nos serviços comunitários de rua. O texto estabelece ainda regras de segurança para o "motofrete", que é o transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas.

Para exercer essas atividades, a pessoa precisa ter 21 anos de idade, possuir habilitação, por pelo menos dois anos na categoria, ser aprovado em curso especializado, nos termos de regulamentação do Contran, e usar colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, também nos termos de regulamentação do conselho de trânsito.

Segundo o projeto, constitui infração empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço, com condutor de moto-frete inabilitado legalmente, e fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mercadorias que esteja em desconformidade com as exigências legais. Leia mais na Agência Senado.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Idoso tem prioridade em ônibus

Audiência no Ministério Público reforça direitos garantidos por lei

Eles tem prioridade de ocupar determinados assentos e acesso garantido pela porta dianteira dos coletivos. Mas nem sempre a lei prevalece na relação entre idosos, demais usuários e motoristas de ônibus em Salvador. Não é incomum a cena de gente jovem fingir que está dormindo para não ceder o lugar a alguém com mais de 65 anos. Também não é raro o condutor que não para no ponto quando um idoso faz sinal avisando a necessidade do transporte.

Em razão desses e de outros problemas que transtornam os idosos nos coletivos, o Ministério Público da Bahia realizou uma audiência ontem para discutir a situação. A coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa dos Direitos dos Idosos (Geido), promotora de Justiça Mônica Barroso, destacou ser preciso assegurar ao segmento o respeito da população, a prioridade no embarque, a reserva dos assentos específicos, além do uso de outros lugares em caso de necessidade.

A reunião decidiu por criar uma comissão que tem uma tarefa importante: desenvolver uma campanha publicitária chamando a atenção para os direitos do idoso no transporte público municipal. Entidades representativas do segmento vão elaborar propostas para melhor atendimento, que devem ser encaminhadas ao Ministério no prazo de 30 dias.

Outra providência é de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) que deve enviar ao MP, em 15 dias, a programação do curso dirigido aos motoristas e cobradores para adequação às necessidades dos idosos. Agora é torcer pelo respeito, no transporte público, a quem já passou dos 65 anos de idade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pilobolus Dance Theater na Bahia

Contorcionismo, acrobacias e técnica de sombras chinesas fascinam público



A companhia Pilobolus Dance Theater (Foto/Divulgação) volta ao palco do Teatro Castro Alves 12 anos após a primeira apresentação na capital baiana. O espetáculo acontece quarta-feira (3 de junho), às 21h, na Sala Principal do teatro e integra a Série TCA – Ano 14. A montagem reúne cinco de suas principais coreografias onde os movimentos de contorcionismo, acrobacias e a técnica das sombras chinesas encantam as platéias. Os ingressos (inteira) custam de R$60,00 e R$100,00.

Criada há quase 40 anos, a companhia é umas das principais no cenário da dança norte-americana da atualidade, e foi o primeiro grupo moderno a juntar técnicas de força física, improvisação cênica, muitos efeitos visuais e de luz, rompendo assim com os padrões tradicionais da dança. Na trajetória, consta a apresentação do Pilobolus na cerimônia do Oscar em 2007.

A Série TCA foi inaugurada há 14 anos tornando-se um dos projetos de maior importância e prestígio do Teatro Castro Alves. O propósito é inserir Salvador no circuito de grandes espetáculos internacionais e trazer para a cidade os nomes mais relevantes da dança contemporânea, balé clássico, dança flamenca, música erudita e teatro. Outro objetivo é fortalecer o diálogo dos baianos, população e artistas, com culturas e produções artísticas de outros países. Confira mais informações aqui.


Risco de vida na Tancredo Neves

Pedestres enfrentam contante perigo ao atravessar avenida

A Prefeitura de Salvador retirou uma sinaleira da Avenida Tancredo Neves, Caminho das Árvores, na altura do Salvador Trade, e está colocando em risco a vida de muita gente. A faixa indicando passagem de pedestre permanece, mas não afasta o perigo constante na via de grande circulação de veículos, geralmente com velocidade acima dos 60 quilômetros por hora.

Como não foi colocada uma passarela no trecho, as pessoas dependem da boa vontade dos motoristas para atravessar a larga Tancredo Neves. Nesta segunda (1º), por volta do meio-dia, alguns deles tiveram esse gesto de solidariedade. Em consequência, provocaram pequena colisão que poderia redundar num engavetamento se o condutor não tivesse habilidade para se livrar de um impacto maior.

A Avenida Tancredo Neves apresenta intenso movimento diariamente. Tanto de veículos particulares quanto de coletivos e de pedestres. A inauguração do Salvador Shopping há cerca de um ano, nas proximidades, contribuiu para aumentar ainda mais o vaivém de carros, de ônibus e de gente. Por isso todo cuidado é pouco na hora da travessia.

Quando o novo shopping começou a funcionar, foi retirado o semáforo, e instalada uma passarela próxima ao jornal A Tarde e do prédio da Federação do Comércio. Recentemente uma nova passarela foi erguida nas imediações da Tend Tudo. Porém a área do Salvador Trade ficou desprotegida, o que é lamentável. A Prefeitura precisa recolocar a sinaleira até que uma passarela seja construída no local. É o mínimo que deve fazer em nome da vida.

Cigarro é proibido em bares e restaurantes

Entra em vigor lei que impede fumar em ambientes fechados de Salvador



Acabou a "briga" entre não-fumantes e fumantes em bares, restaurantes e empreendimentos similares de Salvador, na Bahia. É que entrou em vigor hoje (1º de junho) a lei sancionada pelo prefeito João Henrique, na última sexta-feira, determinando a proibição do uso do cigarro em ambientes fechados (públicos e privados). A medida impede também a criação de fumódromos nesses locais. Assim, resta a quem é dependente do cigarro se dirigir às áreas externas para apagar a vontade de dar mais uma tragada.

A proibição resultou de projeto apresentado pelo vereador Alcindo da Anunciação (PSL), e a fiscalização do cumprimento da determinação é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos da Prefeitura (Sesp). A nova lei ainda vai ser regulamentada. Estima-se, no entanto, que o valor da multa - válida para fumantes e proprietários dos estabelecimentos que desrespeitarem a medida - deve variar de R$ 200,00 a R$ 2 milhões.

Claro que a aprovação da lei representa apenas uma vitória na batalha de combate ao tabagismo, porém é um passo importante nesse movimento, diante da gravidade da situação. Só para relembrar: dados do Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a Epidemia Global do Tabaco, de 2008, informa que o hábito de fumar responde pela morte de 5,4 milhões de pessoas por ano e a epidemia está piorando.