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domingo, 19 de novembro de 2017

Intervenções na 'Nova Avenida ACM' só favorecem mobilidade dos usuários de veículo individual


Mudanças na 'Nova Avenida ACM' prejudicam passageiros de ônibus

A 'Nova Avenida ACM' - como a Prefeitura de Salvador batizou o trecho do Itaigara, entre o Parque da Cidade e o Posto Namorado - agravou a mobilidade dos usuários de ônibus. Entregues no dia 4 de setembro de 2017, as obras beneficiam quem utiliza veículo individual. Além da circulação mais rápida com a retirada dos semáforos próximos ao Paseo e ao Pituba Parque Center, a avenida ganhou novas vagas de estacionamento. 

No percurso entre a casa e o trabalho na região do Itaigara, que concentra grandes edifícios onde funcionam muitas unidades da área medico-odontológica, os passageiros de transporte coletivo agora precisam ainda mais caminhar. Com a extinção do ponto em frente ao Pituba Parque Center, eles são forçados a andar até o Max Center, já pertinho do Shopping Itaigara, e a correr pra lá e pra cá até entrar no ônibus, numa falta de respeito aos cidadãos que dependem desse serviço. A cena, aliás, é igual à que se vê em frente ao centro empresarial Iguatemi, denominado atualmente como Bahia. 

O problema se agrava na hora de usar as passarelas. Agora são três: uma entre o Parque da Cidade e o Paseo, a segunda unindo o Pituba Parque Center à sede da Fundação Petrobras de Seguridade Social  (Petros), e outra nas proximidades do Posto Namorado. Na forma de zig-zag, essas ligações elevadas nada lembram a suavidade das  passarelas da capital baiana projetadas pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé). As da 'Nova ACM' são pesadas esteticamente, principalmente a que tem um dos acessos coladinho ao passeio do prédio onde funciona a Petros, segundo maior fundo de pensão da América Latina.  

De acordo com a prefeitura, as intervenções na via resultaram do Termo de Acordo e Compromisso, assinado em junho de 2016 por meio da então Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) e a Petros, em contrapartida pelo impacto da construção da sede da instituição no Itaigara. O valor de R$ 36 milhões foi destinado às obras no trecho aproximado de três quilômetros. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desordem é a ordem nas pistas e nos ônibus em Salvador

Normas de trânsito e convivência cidadã são letras mortas nas vias  da cidade



A desordem se transforma em "ordem" no trânsito de Salvador. A desordem se transforma em "ordem" no transporte público da capital baiana. As normas de tráfego e a convivência cidadã se tornam letras mortas. Nas vias e nos ônibus, vale tudo, menos obediência às leis e respeito ao direito de cada um transitar pela cidade sem sofrer constrangimentos de todo tipo.

Numa tarde dessas, chamou a atenção a ousadia - aliás, covardia - de um jovem que entrou num ônibus pela janela. Em um dos pontos da Avenida Bonocô, em horário de pouco movimento, o rapaz ignorou o motorista e o cobrador, deu um salto e, rápido, estava no interior do coletivo festejando o feito. Sentou numa cadeira como se nada tivesse acontecido e seguiu viagem sem qualquer reação dos passageiros, do motorista ou do cobrador.

Outra cena comum nos ônibus urbanos é o exagero no uso do celular. Falar alto e demoradamente é apenas um detalhe. Problema mesmo surge quando alguém resolve ouvir o som do telefone móvel sem fone de ouvido. Aí surge o barulho que não dá para ser identificado. Com mais chiado do que música, a situação fica pior quando o ouvinte prefere os tais 'arrocha' ou 'pagode', tipo disco empenado e sonoridade de uma nota só.

Para não parecer que as críticas se viram somente contra os usuários de ônibus, lá vai veneno, agora, mirando os condutores de veículos de passeio. Pedestre e nada na faixa é quase a mesma coisa quando não existe sinaleira dando a ordem de acelerar ou pisar no freio. Mesmo em pista de trânsito lento, nem sempre aparece alguém que cede passagem a quem está a pé, como manda a lei.

Nessa situação, das duas uma. O pedestre espera, espera e espera por um intervalo maior, entre a chegada de um carro e outro para atravessar com segurança, ou se expõe ao risco de ser atropelado. Em trechos com semáforos, o grande perigo fica por conta dos motoqueiros. Nem sempre eles obedecem ao sinal vermelho para os veículos. Ignoram que a via não é só deles, e seguem indiferentes a quem aguarda pelo sinal verde indicando os segundos para os pedestres atravessarem. 

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ônibus roda sem fechar porta em Salvador

Cena frequente na cidade causou a morte de um jovem estudante de Enfermagem

A morte do estudante de Enfermagem, Anderson Jacinto Bezerra, 23 anos, ao cair de um coletivo da empresa BTU, no domingo (14), chama a atenção para um problema cotidiano em Salvador. Mesmo quando o movimento de passageiros é pequeno, os condutores arrastam os veículos antes de fechar a porta traseira, não importando se o usuário ainda está subindo os degraus. O acidente aconteceu no bairro do Stiep após o veículo passar por uma curva na Rua Professor Manoel Ribeiro.

O motorista do ônibus tem culpa no cartório porque a lei impede a circulação de carros sem que as portas estejam devidamente fechadas. Mas a responsabilidade é também das empresas: primeiro, ao não treinar os rodoviários para dirigir sem colocar a vida dos passageiros em risco; segundo, por não instalar dispositivos de segurança que impeçam o veículo de trafegar se alguma porta estiver aberta. A prefeitura, igualmente, tem sua parcela de culpa porque que não fiscaliza como deveria.

Nos horários de maior movimento é frequente os ônibus deixando os pontos conduzindo muitos passageiros nos degraus. O fato leva a outro problema na capital baiana, a escassez de coletivos para atender de forma melhor a demanda de usuários. Por conta dessa situação, os trabalhadores sobem nos veículos lotados. Como se percebe, a situação não enfrentada, de forma séria pelos governantes, acaba desencadeando transtornos em cadeia, o que só agrava a questão da segurança no transporte público.

A BTU foi autuada pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador/Setin) porque descumpriu o Regulamento de Transporte Municipal que impede o trânsito de ônibus com as portas abertas, situação que causou a morte do jovem passageiro da linha Stiep/Barra. A Transalvador recomendou o imediato afastamento preventivo da equipe envolvida no acidente (motorista e cobrador) até que passe por reciclagem e treinamento. É a prefeitura, mais uma vez, remediando ao invés de prevenir.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval Baiano / Muitos giros no caminho

Aventura do deslocamento até o Circuito Osmar se transforma em crônica

De manhã, sem vestir a fantasia, fui pegar uma credencial - para cobrir a folia baiana - na Central de Imprensa montada pela Secretaria de Turismo do Estado (Setor) no Hotel Tropical da Bahia. Tudo ótimo por lá. A aventura foi o deslocamento de ônibus até o Circuito Osmar, como foi batizado o trecho do Campo Grande e imediações. Foram dois veículos e muitas voltas no caminho.

Ao chegar a um ponto na Juracy Magalhães Júnior (Rio Vermelho), o veículo que seguia direto tinha acabado de passar. Arrisquei um segundo imaginando que iria até o Vale do Canela. Engano. O carro circula pela Centenário, acesso para quem deseja ir à festa na Barra. Pedi para descer. Antes de ser atendida o ônibus quase bate num carro que fazia ultrapassagem indevida. O motorista evitou o acidente. Brecou rápido, o "buzu" sacudiu e eu saltei.

Ainda assustada, entrei em outro coletivo. "Ufa, agora vou chegar ao Vale do Canela!", pensei. O destino estava certo. O problema foi o roteiro. O ônibus passou pela Vasco da Gama, retornou, entrou pelo Vale da Muriçoca, alcançou o fim de linha da Federação - margeando as emissoras TVE e Aratu -, entrou na rua da TV Itapoan antes de alcançar a Avenida Cardeal da Silva. Agora, pensei de novo, está perto. Que nada!

O motorista desceu rumo à Praça dos Reis Católicos, pegou a Avenida Garibaldi, no sentido do Rio Vermelho, depois o destino contrário, chegou à Reis Católicos mais uma vez. Só então alcançou ao trecho da Avenida Miguel Calmon (Vale do Canela), transformado em terminal de ônibus nesta temporada de folia. Saltei, atravessei a via e subi uma escada. Cheguei ao Campo Grande depois do meio dia!!!

Andei uns 100 metros ouvindo acordes de um trio elétrico. No percurso sinais da ressaca do dia anterior se espalhavam pelas ruas. Gente dormindo (ou descansando nas calçadas). Outras pessoas na labuta para ganhar algum tostão. Peguei a credencial e desfrutei um pouco da excelente estrutura montada para a imprensa. Mais ou menos uma hora depois batia em retirada.

O embarque de volta foi no mesmo local do desembarque. Logo passou um executivo para o Imbuí. Entrei rumo ao Iguatemi. Se você imagina que desta vez o carro seguiu rápido, errou. O ônibus rumou até a Centenário, onde retornou nas imediações do Shopping Barra para alcançar a Avenida Cardeal da Silva. Só aí o itinerário se normalizou. Almocei no grande shopping mais antigo de Salvador só depois das 15h. (Foto: Flickr)

sábado, 5 de setembro de 2009

Crônica da Semana / Feira nos ônibus

Presença de vendedores ambulantes cresce a cada dia no transporte coletivo em Salvador

Bala, chocolate, chiclete, picolé, água mineral, H2O, incenso, tabuada, gramática, agulha de costura à mão. Onde você imagina que encontra essa variedade de produtos? Se pensou numa feira ou em alguma praça de Salvador, errou. O espaço de venda de tanta coisa - não ao mesmo tempo, claro - é o estreito corredor dos ônibus urbanos que circulam pela cidade.

"Desculpe interrromper o silêncio da viagem". Repetida a frase inicial, logo aparecem as ofertas. "Bala de gengibre, pastilha de menta... Tá na promoção. Aqui é mais barato que no supermercado". Na onda do desemprego, a presença de ambulantes no transporte coletivo se tornou crescente nos últimos anos.

Às vezes acontece de três ou mais entrarem no mesmo veículo num percurso de meia hora. Desce um, sobe outro, como se fosse um ritual. A maior parte usa colete exibindo a marca da União de Baleiros da Bahia (Unibal), entidade criada em 2005.

Nem todos os usuários se queixam, mas há quem reclame do barulho. Alguns ambulantes falam alto e ainda assoviam, tirando a tranquilidade dos passageiros. Após um dia inteiro de trabalho, muitos retornam para casa tirando uma soneca no meio do caminho e, de repente, acordam com a voz dos vendedores.

Nada contra ao trabalho dos ambulantes. Eles tem direito ao espaço no mercado profssional. Discute-se aqui o local inadequado para este tipo de atividade. Afinal, os usuários pagam pelo transporte. Então merecem o mínimo de paz no vaivém por Salvador. Se a segurança e a condição dos veículos não são das melhores, que ao menos se respeite o silêncio nos ônibus.

sábado, 22 de agosto de 2009

Crônica da Semana / Ônibus superlotados

Enquanto o metrô não chega trabalhadores sofrem para se movimentar em Salvador

Você quer fazer um diagnóstico do transporte público de Salvador? Esqueça o carro na garagem e revolva ir de ônibus ao trabalho, entre 6h30 e 8h. Depois retorne por volta das 18h. Aí é possível sentir na pela a dificuldade dos moradores que dependem dos coletivos para se movimentar na cidade.

Os carros de algumas linhas levam, em média, de 40 minutos ou mais para chegar. E quando aparecem quase sempre estão lotados. Os assentos, o corredor, as escadas de acesso. Não sobra espaço para circulação. Então o que fazer? Pedir licença por educação e seguir empurrando aqui e ali, num exercício de contorcionismo, para se aproximar da porta dianteira, por onde os usuários descem nos pontos.

Sem vivenciar o sufoco do cotidiano nos ônibus que cruzam Salvador fica difícil ter uma dimensão exata dos problemas. Mas quem traça a política pública do transporte de massa não usa coletivo. Quando não está em carros de passeio é encontrado em algum gabinete de órgão governamental viajando nos projetos. Então as soluções, quando apontadas, raramente tem a ver com a realidade.

Já imaginaram se o presidente, o governador e o prefeito agendassem uma data para conhecer de perto o sufoco de quem depende de ônibus na capital baiana. O ideal seria deixar a mordomia de lado e pegar o "buzu" no horário de rush. Eu queria ver o suor escorrendo pelo corpo, e eles, como os demais usuários, tentando se equilibrar no vaivem de coletivos que muitas vezes não passam de lata velha.

Talvez assim movessem algumas peças para acelerar as obras do metrô. Para quem não sabe, a primeira etapa do projeto deveria ficar concluída em julho de 2003 - portanto há mais de seis anos. Esse e vários outros prazos nunca foram respeitados, mesmo após a redução do trecho de 12 quilômetros para seis. Essa novela tem muitos capítulos. Porém o fim, ah o fim é outra história... (Foto: Bruno Ayala/Olhares Fotografia Online)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Turistas rumo ao Pelô

'Ônibus do Forró' levam hóspedes até o palco da festa em Salvador



Os turistas que já se encontram na cidade ou vão chegar para o São João dispõe de um serviço legal e de graça: o Ônibus do Forró fazendo o percurso entre os principais hotéis da cidade e o Pelourinho. A iniciativa é da Secretaria de Turismo (Setur) e da empresa Salvador Bus, que até o dia 28 oferecem aos visitantes dois veículos, com capacidade para 64 pessoas cada um. Um ponto de partida é o Stella Maris Resort, às 19h. O outro, o Hotel Pestana, no Rio Vermelho, às 19h30.

Segundo a Agecom, além do conforto no deslocamento ao som de zabumba, sanfona e triângulo, os turistas tem a oportunidade de conhecer outras áreas da cidade, enquanto não desembarcam no Centro Histórico de Salvador. O ônibus que sai de Stela Maris acolhe visitantes em hotéis situados até o bairro de Ondina. O outro inclui o trecho até o Campo Grande. O retorno é à meia-noite independente do número de passageiros da ida ao Pelourinho.

O Ônibus do Forró não está restrito aos hóspedes de hotéis. Outros turistas que desejam aproveitar o serviço devem se dirigir a um dos locais do roteiro, acenar para o motorista e entrar no carro. Depois basta ensaiar o arrasta-pé antes de mergulhar na festa do Pelô (foto de Aristeu Chagas/Agecom) Agora um conselho: deixem relógios, câmeras fotográficas e objetos similares na mala. É só para não chamar a atenção de quem adora coisas alheias.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Idoso tem prioridade em ônibus

Audiência no Ministério Público reforça direitos garantidos por lei

Eles tem prioridade de ocupar determinados assentos e acesso garantido pela porta dianteira dos coletivos. Mas nem sempre a lei prevalece na relação entre idosos, demais usuários e motoristas de ônibus em Salvador. Não é incomum a cena de gente jovem fingir que está dormindo para não ceder o lugar a alguém com mais de 65 anos. Também não é raro o condutor que não para no ponto quando um idoso faz sinal avisando a necessidade do transporte.

Em razão desses e de outros problemas que transtornam os idosos nos coletivos, o Ministério Público da Bahia realizou uma audiência ontem para discutir a situação. A coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa dos Direitos dos Idosos (Geido), promotora de Justiça Mônica Barroso, destacou ser preciso assegurar ao segmento o respeito da população, a prioridade no embarque, a reserva dos assentos específicos, além do uso de outros lugares em caso de necessidade.

A reunião decidiu por criar uma comissão que tem uma tarefa importante: desenvolver uma campanha publicitária chamando a atenção para os direitos do idoso no transporte público municipal. Entidades representativas do segmento vão elaborar propostas para melhor atendimento, que devem ser encaminhadas ao Ministério no prazo de 30 dias.

Outra providência é de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) que deve enviar ao MP, em 15 dias, a programação do curso dirigido aos motoristas e cobradores para adequação às necessidades dos idosos. Agora é torcer pelo respeito, no transporte público, a quem já passou dos 65 anos de idade.