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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desordem é a ordem nas pistas e nos ônibus em Salvador

Normas de trânsito e convivência cidadã são letras mortas nas vias  da cidade



A desordem se transforma em "ordem" no trânsito de Salvador. A desordem se transforma em "ordem" no transporte público da capital baiana. As normas de tráfego e a convivência cidadã se tornam letras mortas. Nas vias e nos ônibus, vale tudo, menos obediência às leis e respeito ao direito de cada um transitar pela cidade sem sofrer constrangimentos de todo tipo.

Numa tarde dessas, chamou a atenção a ousadia - aliás, covardia - de um jovem que entrou num ônibus pela janela. Em um dos pontos da Avenida Bonocô, em horário de pouco movimento, o rapaz ignorou o motorista e o cobrador, deu um salto e, rápido, estava no interior do coletivo festejando o feito. Sentou numa cadeira como se nada tivesse acontecido e seguiu viagem sem qualquer reação dos passageiros, do motorista ou do cobrador.

Outra cena comum nos ônibus urbanos é o exagero no uso do celular. Falar alto e demoradamente é apenas um detalhe. Problema mesmo surge quando alguém resolve ouvir o som do telefone móvel sem fone de ouvido. Aí surge o barulho que não dá para ser identificado. Com mais chiado do que música, a situação fica pior quando o ouvinte prefere os tais 'arrocha' ou 'pagode', tipo disco empenado e sonoridade de uma nota só.

Para não parecer que as críticas se viram somente contra os usuários de ônibus, lá vai veneno, agora, mirando os condutores de veículos de passeio. Pedestre e nada na faixa é quase a mesma coisa quando não existe sinaleira dando a ordem de acelerar ou pisar no freio. Mesmo em pista de trânsito lento, nem sempre aparece alguém que cede passagem a quem está a pé, como manda a lei.

Nessa situação, das duas uma. O pedestre espera, espera e espera por um intervalo maior, entre a chegada de um carro e outro para atravessar com segurança, ou se expõe ao risco de ser atropelado. Em trechos com semáforos, o grande perigo fica por conta dos motoqueiros. Nem sempre eles obedecem ao sinal vermelho para os veículos. Ignoram que a via não é só deles, e seguem indiferentes a quem aguarda pelo sinal verde indicando os segundos para os pedestres atravessarem. 

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