Enquanto o metrô não chega trabalhadores sofrem para se movimentar em Salvador
Você quer fazer um diagnóstico do transporte público de Salvador? Esqueça o carro na garagem e revolva ir de ônibus ao trabalho, entre 6h30 e 8h. Depois retorne por volta das 18h. Aí é possível sentir na pela a dificuldade dos moradores que dependem dos coletivos para se movimentar na cidade.
Os carros de algumas linhas levam, em média, de 40 minutos ou mais para chegar. E quando aparecem quase sempre estão lotados. Os assentos, o corredor, as escadas de acesso. Não sobra espaço para circulação. Então o que fazer? Pedir licença por educação e seguir empurrando aqui e ali, num exercício de contorcionismo, para se aproximar da porta dianteira, por onde os usuários descem nos pontos.
Sem vivenciar o sufoco do cotidiano nos ônibus que cruzam Salvador fica difícil ter uma dimensão exata dos problemas. Mas quem traça a política pública do transporte de massa não usa coletivo. Quando não está em carros de passeio é encontrado em algum gabinete de órgão governamental viajando nos projetos. Então as soluções, quando apontadas, raramente tem a ver com a realidade.
Já imaginaram se o presidente, o governador e o prefeito agendassem uma data para conhecer de perto o sufoco de quem depende de ônibus na capital baiana. O ideal seria deixar a mordomia de lado e pegar o "buzu" no horário de rush. Eu queria ver o suor escorrendo pelo corpo, e eles, como os demais usuários, tentando se equilibrar no vaivem de coletivos que muitas vezes não passam de lata velha.
Talvez assim movessem algumas peças para acelerar as obras do metrô. Para quem não sabe, a primeira etapa do projeto deveria ficar concluída em julho de 2003 - portanto há mais de seis anos. Esse e vários outros prazos nunca foram respeitados, mesmo após a redução do trecho de 12 quilômetros para seis. Essa novela tem muitos capítulos. Porém o fim, ah o fim é outra história... (Foto: Bruno Ayala/Olhares Fotografia Online)
Você quer fazer um diagnóstico do transporte público de Salvador? Esqueça o carro na garagem e revolva ir de ônibus ao trabalho, entre 6h30 e 8h. Depois retorne por volta das 18h. Aí é possível sentir na pela a dificuldade dos moradores que dependem dos coletivos para se movimentar na cidade.
Os carros de algumas linhas levam, em média, de 40 minutos ou mais para chegar. E quando aparecem quase sempre estão lotados. Os assentos, o corredor, as escadas de acesso. Não sobra espaço para circulação. Então o que fazer? Pedir licença por educação e seguir empurrando aqui e ali, num exercício de contorcionismo, para se aproximar da porta dianteira, por onde os usuários descem nos pontos.
Sem vivenciar o sufoco do cotidiano nos ônibus que cruzam Salvador fica difícil ter uma dimensão exata dos problemas. Mas quem traça a política pública do transporte de massa não usa coletivo. Quando não está em carros de passeio é encontrado em algum gabinete de órgão governamental viajando nos projetos. Então as soluções, quando apontadas, raramente tem a ver com a realidade.
Já imaginaram se o presidente, o governador e o prefeito agendassem uma data para conhecer de perto o sufoco de quem depende de ônibus na capital baiana. O ideal seria deixar a mordomia de lado e pegar o "buzu" no horário de rush. Eu queria ver o suor escorrendo pelo corpo, e eles, como os demais usuários, tentando se equilibrar no vaivem de coletivos que muitas vezes não passam de lata velha.
Talvez assim movessem algumas peças para acelerar as obras do metrô. Para quem não sabe, a primeira etapa do projeto deveria ficar concluída em julho de 2003 - portanto há mais de seis anos. Esse e vários outros prazos nunca foram respeitados, mesmo após a redução do trecho de 12 quilômetros para seis. Essa novela tem muitos capítulos. Porém o fim, ah o fim é outra história... (Foto: Bruno Ayala/Olhares Fotografia Online)
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