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domingo, 23 de agosto de 2009

Família para Acolhida tem núcleo atuante em Salvador

Núcleo da organização italiana troca experiências sobre maternidade e paternidade

A história do humorista Carlinhos, participante do reality show A Fazenda, ilustra a importância do acolhimento quando a criança perde os laços dos pais biológicos. Ao sair do programa na última quarta (19) - antes de reencontrar 24 anos depois o pai e a mãe -, ele agradeceu emocionado a Dona Margot, mulher de Tutinha, da Rádio Jovem Pan. Segundo Carlinhos, que na infância passou pela Febem e abrigos, os dois foram responsáveis pela sua reinserção social e o consequente sucesso no rádio e televisão.

Na Bahia, um grupo se dedica ao acolhimento e evita que, pelo menos, não se repitam algumas histórias semelhantes a vivida por Carlinhos. É o Família para Acolhida (Famiglie per l'Accoglienza), organização criada há 25 anos na Itália, que dispõe de um núcleo atuante na capital. O propósito da instituição é ajudar crianças, idosos e doentes no gesto de acolhida. O grupo baiano nasceu do desejo de algumas famílias, com filhos adotados, que procuraram se ajudar para viver da forma mais plena a maternidade e a paternidade.

De acordo com informações de alguns dos participantes, existem cidades na Itália onde deixaram de funcionar abrigos infantis. Surgiram redes de famílias que amparam crianças em situação de risco - e muitas vezes acabam fazendo a adoção. A experiência local teve início quando alguns pais conheceram o presidente do Famílias para Acolhida na Itália. Ele propôs para a primeira reunião a leitura do livro Milagre da Hospitalidade, de Luigi Giussani, e de outros textos produzidos nos encontros realizados pela associação.

De 15 a 20 pessoas participam regularmente das reuniões, momento dedicado a troca de experiências. Há exemplos de mães de crianças especiais com doenças graves que pedem ajuda e encontram o necessário apoio. Sem perfil assistencialista, o núcleo tem o foco na ajuda às famílias para vivenciar a acolhida e a adoção. As reuniões acontecem nas residências dos participantes. Mensalmente uma família disponibiliza a casa para o encontro, que se transforma em oportunidade de convivência, inclusive entre as crianças.

O núcleo principal do grupo é formado por Silvana Carvalho (arquiteta) e André Carvalho (advogado), pais de dois filhos adotados - Tiago (5 anos) e Mariana (3); Arlete Bomfim (enfermeira) e Gilberto Bomfim (biólogo), que tem dois filhos adotados - Ana Luísa (9) e João Paulo (5); e Telma Arruda (enfermeira) e Duwilliam, pais de um menino adotado - Moisés (6)

A primeira a optar pela adoção foi Arlete, que anos depois do casamento por motivos inexplicáveis não conseguia ser mãe. "Quando casei, já sabia que não podia ter filhos biológicos (meu marido passou por um tratamento de quimioterapia que o tornou infértil), então a experiência de Arlete e Gilberto serviu de atalho para nós, e adotamos Tiago que foi uma bênção para o nosso casamento", relembra Silvana.

Depois Telma adotou Moisés quando o menino tinha 2 anos. "Também foi uma experiência muito bonita de acolhida, porque a criança maior tem uma vivência de abrigo que ,às vezes, é difícil de lidar. Mesmo assim, eles se saíram muito bem", celebra. Com a experiência da acolhida e da adoção, esses pais tem grande lição a dar: o amor não tem limites. Cada pessoa é capaz de amar o diferente desde que esteja aberta a viver uma bela aventura, garantem.

(Reprodução autorizada com a citação da fonte Bahia Aqui e Ali)

Um comentário:

  1. Olá Graça,

    Conheci seu blog através de matérias sobre adoção que vc publicou e acolhimento. Gostei muito de conhecer vc e do seu blog tb.

    Sucessooooo

    beijinhoss

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