Notícia de impacto possibilita diversas reflexões
Não tenho como evitar o assunto na crônica desta semana. Se você desconfiou, acertou. É mesmo a "morte" do diploma para o exercício do Jornalismo. Por que abordar o tema mais uma vez? Por ser uma noticia de impacto merecedora de outras reflexões. E de recordações da época em que, de forma honrosa, fiz o Curso de Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal da Bahia (UFBa) nos duros anos do regime militar.
As lembranças surgem por conta de um comentário que li hoje, não sei bem onde, favorável à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) extinguindo o diploma, com a tese de que a regulamentação profissional - por ocasião da ditadura militar - foi um meio de afastar dos jornais pessoas que reagiam ao governo. Ao menos, na Bahia, isso está longe da verdade. Comecei estágio no segundo ano da faculdade, e tive entre os colegas vários ferrenhos esquerdistas. Alguns só depois fizeram o vestibular e se tornaram profissionais diplomados.
Existem argumentos contra o diploma em decorrência da precariedade dos cursos que estariam formando jornalistas despreparados. E os demais? Bacharéis em Direito, médicos, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, economistas, administradores, por acaso, saem das escolas capacitados devidamente para o mercado de trabalho? Claro que não. Portanto está em xeque a qualidade do ensino em todos os níveis no País, e não apenas as escolas de Jornalismo.
Em síntese, por que a guerra declarada aos jornalistas portadores de diploma? Por que desqualificar tanto os profissionais? Será que cometeram um "pecado" ao se formar nessa área específica? É interessante notar como as grandes organizações festejam a suposta derrota dos diplomados. Alguma vantagem elas tem, e que ninguém duvide disso.
Por último, pago pra ver matérias (e não divagações) dos ministros que aboliram o nosso diploma. Tão habituados a uma linguagem hermética, permeada de chavões, eles escreveriam de forma leve, e ao mesmo tempo seguindo a norma culta, como pede o bom texto jornalístico? Duvido, duvido, duvido...
Não tenho como evitar o assunto na crônica desta semana. Se você desconfiou, acertou. É mesmo a "morte" do diploma para o exercício do Jornalismo. Por que abordar o tema mais uma vez? Por ser uma noticia de impacto merecedora de outras reflexões. E de recordações da época em que, de forma honrosa, fiz o Curso de Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal da Bahia (UFBa) nos duros anos do regime militar.
As lembranças surgem por conta de um comentário que li hoje, não sei bem onde, favorável à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) extinguindo o diploma, com a tese de que a regulamentação profissional - por ocasião da ditadura militar - foi um meio de afastar dos jornais pessoas que reagiam ao governo. Ao menos, na Bahia, isso está longe da verdade. Comecei estágio no segundo ano da faculdade, e tive entre os colegas vários ferrenhos esquerdistas. Alguns só depois fizeram o vestibular e se tornaram profissionais diplomados.
Existem argumentos contra o diploma em decorrência da precariedade dos cursos que estariam formando jornalistas despreparados. E os demais? Bacharéis em Direito, médicos, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, economistas, administradores, por acaso, saem das escolas capacitados devidamente para o mercado de trabalho? Claro que não. Portanto está em xeque a qualidade do ensino em todos os níveis no País, e não apenas as escolas de Jornalismo.
Em síntese, por que a guerra declarada aos jornalistas portadores de diploma? Por que desqualificar tanto os profissionais? Será que cometeram um "pecado" ao se formar nessa área específica? É interessante notar como as grandes organizações festejam a suposta derrota dos diplomados. Alguma vantagem elas tem, e que ninguém duvide disso.
Por último, pago pra ver matérias (e não divagações) dos ministros que aboliram o nosso diploma. Tão habituados a uma linguagem hermética, permeada de chavões, eles escreveriam de forma leve, e ao mesmo tempo seguindo a norma culta, como pede o bom texto jornalístico? Duvido, duvido, duvido...
Olá Graça, concordo com você. Essa medida do STF privilegia políticos e empresários. Triste, pois com isso repudiam a faculdade de jornalismo. Abraços,
ResponderExcluirGuilherme