A tragédia se repete a cada Festa de São João no município situado a 146 quilômetros de Salvador. A história registra tentativas para impedir, mas prevaleceu a vontade de quem defende a continuidade da brincadeira sangrenta. Hoje o espaço da batalha é delimitado, e as casas das imediações são protegidas. Infelizmente essas providências não impedem que pessoas sejam atingidas pelos fogos.
Diversos produtos - alguns bem perigosos - são usados no fabrico das espadas, entre os quais, enxofre, carvão de quarana, cera de abelha, óleo de coco, parafina, além de barro, pólvora, salitre, bambu maduro, sisal, breu e cordão. O risco de acidentes começa justamente aí no manuseio. Depois invade as ruas da cidade transformando a alegria em tristeza. No ano passado, em 11 dias de festa, 114 pessoas sofreram queimaduras de vários graus.
A programação deste ano está divulgada no site da Prefeitura. O cenário da guerra de espada inclui a Praça Senador Temístocles e algumas ruas reservadas da cidade. A queima dos fogos de de efeito bonito e, ao mesmo tempo, arriscado é liberado a partir das 18h de 23 de junho. Porém o confronto maior acontece no dia seguinte. Segundo a Prefeitura, o Decreto Municipal nº 267A, de 5 de maio de 2005, estabeleceu regras de segurança para a fabricação e o uso das espadas. Pelo visto, a medida não surte efeitos.
Caso de abaixo-assinado! Quando é que aprenderemos a nos divertir de forma saudável?
ResponderExcluirabçs