Páginas

sábado, 26 de maio de 2012

Nova técnica facilita diagnóstico de insufiência cardíaca

Pequeno aparelho mede o nível de acetona no ar expelido pelo paciente

Muito interessante a técnica desenvolvida por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas, que possibilita o diagnóstico de insuficiência cardíaca de forma rápida, precisa e mais barata, por meio apenas do sopro. O exame é feito com um pequeno aparelho que mede o nível de acetona (substância de cheiro forte, produzida durante o processo de metabolismo do corpo) presente no ar expelido pelo paciente. Quanto maior o nível, mais elevado é o estágio da doença.

A notícia é da Agência Brasil. A técnica deve facilitar o diagnóstico, principalmente, em postos de atendimento não especializados em doenças do coração. Atualmente, a constatação da insuficiência é feita por um exame de sangue, que verifica a presença da substância chamada bnt. “O novo exame é tão preciso quanto o atual, pois observamos que o nível da acetona no ar exalado cresce de maneira proporcional ao nível do biomarcador bnt no sangue”, explica o médico do InCor, Marcondes Bacal.

Outra vantagem é que o novo exame custará aproximadamente de 30% do valor cobrado na análise do sangue. “O exame de sangue custa mais de R$ 100. A troca vai reduzir custo para o pacientes e até para o SUS [Sistema Único de Saúde]”, destaca o médico. Segundo ele, a insuficiência cardíaca é a etapa final de uma série de doenças que atingem o coração, como miocardites, doença de chagas, infartos. 

PARCERIA

“A acetona não é produzida no dia a dia. Quando acontece é porque há alguma agressão. O corpo a produz para se sustentar e fazer energia de alguma maneira”, explica a também cardiologista do InCor, Fabiana Marcondes Braga, autora de uma tese de doutorado sobre acetona.

Bacal afirma que a análise do sangue exige estrutura para ser feita. “No novo aparelho, atualmente pegamos o ar exalado, condensamos com um processo de resfriamento, levamos o líquido para o laboratório e o resultado sai em horas. Mas, com algumas evoluções, vamos conseguir que o resultado saia imediatamente, no próprio aparelho. Isso vai possibilitar o encaminhamento mais imediato para o tratamento especializado".

O estudo tem a parceria do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo Marcondes Bacal, o próximo passo é levar a pesquisa para outras universidades.

Um comentário:

  1. Algo ótimo da medicina é que sempre há técnicas novas de todo tipo.
    Um pode ir a se consultar em cardiologia em porto alegre e nesse mesmo dia ter o resultado do analises.

    ResponderExcluir