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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

Pesquisa de alunas da Pontifícia Universidade Católica constata problema


 Em vez de proteger o usuário, o jaleco médico - indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção individual para os profissionais do setor - pode ser fonte de contaminação. É o que indica um estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, e divulgado ontem. Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. 

Entre os microorganismos identificados nos jalecos está o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. A pesquisa foi realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf. A proposta surgiu após a constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco.

O objetivo foi comparar a microbiota - conjunto de microorganismos que habitam um ecossistema - existente nos jalecos, sobretudo na região do punho e na pele dessas pessoas, com a dos não usuários. Foram avaliados 96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.

"Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato de os microorganismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster", explica Fernanda. A PUC-SP pretende aprofundar os estudos para encaminhá-los à OMS. (Foto: Flickr)

COMENTTÁRIO DA EDITORA DO BLOG

O problema analisado pela pesquisa é muito sério. Estudantes da área de saúde e profissionais costumam sair e voltar para casa usando o jaleco, o que evidencia falta de higiene e risco de disseminar doenças. Aqui em Salvador é comum pessoas com esse uniforme na rua, dentro de ônibus, elevadores residenciais, entre outros ambientes. Cabe à Vigilância Sanitária ficar de olho para acabar com essa prática.

Fonte da Matéria: Istoé 

Um comentário:

  1. Realmente é um fato muito importante. E tem que ser estudado uma maneiro de combater esse risco, nem que seja criando, se ainda não tiver, jalecos discartaveis... acredito essa ser a melhora maneira!
    PArabens pelo post!

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