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terça-feira, 22 de março de 2011

Vendedores ambulantes tomam conta de Salvador

Pontos de ônibus e proximidades dos shoppings ilustram a desordem urbana 
Comércio irregular ocupa espaço reservado aos usuários de coletivos
A desordem urbana em Salvador passa dos limites. Parece um grande desafio para a Prefeitura Municipal, por exemplo, ordenar os vendedores ambulantes, que se instalam onde bem entendem e têm acesso fácil aos ônibus. Nos coletivos eles anunciam suas "promoções" falando alto, até nos horários em que os usuários estão cansados e sonolentos:  bombons, pastilhas, picolés, salgadinhos, água mineral, publicações e até agulhas de costurar.

Em frente ao Shopping Center Iguatemi, o local destinado às paradas do transporte coletivo se transformou numa feira. Os camelôs se espalham deixando pouco espaço para circulação dos pedestres, que precisam recorrer a contorcionismo para passar entre uma e outra banca dos ambulantes. E aí haja variedade de mercadorias. São pomada "milagrosa" para todo tipo de doença de pele e dor muscular, capas e baterias de celulares, relógios, refrigerantes, água, picolé, cerveja e muito mais.

No Terminal Rodoviário de Salvador a situação é um absurdo. Ao invés de uma área bem cuidada para receber o turista que desembarca de ônibus, o ambiente assusta. São barracas, uma colada a outra, onde a falta de manutenção torna o lugar ainda mais desagradável. Quem atravessa a passarela em direção ao Iguatemi passa numa espécie de corredor dominado pelos camelôs, que ainda causam outra poluição por conta do som em volume bem acima dos decibéis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Perto dali a Estação Iguatemi é outro ponto que os vendedores ambulantes resolveram ocupar como se fossem os donos do espaço.A sujeira frequente dá uma ideia da falta de ação da prefeitura para ordenar o uso da área. A todo momento a impressão é que não se faz varrição. São copos plásticos, papéis, palitos de picolé e toda sorte de material jogado por todo lugar.

Na Avenida Tancredo Neves a situação se repete. O ponto de ônibus do calçadão do jornal A Tarde e o canteiro central, onde termina a passarela da movimentada avenida, não sobra espaço para os pedestres. Até bancas de cachorro quente, pastel e outros lanches estão espalhadas pela área próxima do Salvador Shopping, numa demonstração de que a prefeitura fecha os olhos para a situação.

A responsabilidade por esse caos, claro, é da Prefeitura Municipal de Salvador, que nos últimos anos não planejou a distribuição dos camelôs nos espaços públicos. Lógico que as pessoas precisam trabalhar, comprar o pão de cada dia. Inadimissível é não estabelecer áreas adequadas para os vendores nem controlar a ação dos ambulantes mais ariscos, que desafiam o poder público. Inadmissível é o pedestre não poder circular direito nas estações, pontos de ônibus e nas imediações dos grandes shoppings.

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