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terça-feira, 24 de março de 2009

Abandono da Estação da Lapa causa transtornos aos usuários

Um cheio forte de creolina misturado ao do dióxido de carbono impregna o ar. A iluminação precária e a precária sinalização tornam o ambiente ainda mais desagradável. Já imaginou qual é este lugar? Se você é usuário de ônibus, e precisa se deslocar até o centro de Salvador, deve ter idéia. É a Lapa, a maior estação de transbordo da capital baiana, precisamente a plataforma inferior - que desde a inauguração, no começo da década de 80, sofreu críticas pelo deficiente sistema de exaustão.

A imagem de abandono não se limita, porém, ao subsolo. O aspecto de decadência é visível em cada canto. As escadas rolantes e as de concreto apresentam os estragos pelo uso e falta de manutenção. Dá pena ver a situação: milhares de usuários, obrigados a passar pela Estação, sujeitos a vivenciar mais esse problema entre tantos que enfrenta no ir e vir cotidiano pela cidade.

Diariamente desembarcam e embarcam na Lapa passageiros procedentes ou com destino a quase todos os bairros da capital, além de algumas cidades vizinhas de Salvador. O vaivém de ônibus começa desde cedo e só acaba tarde da noite. Mesmo com grande importância no transporte público municipal, a estação não recebe a devida atenção da prefeitura. O que existe não passa de obras pontuais.

A Estação da Lapa tem menos de 30 anos, o que é pouco tempo para contar a vida útil de uma construção. As igrejas seculares e os casarões da capital testemunham que uma edificação tem sim condições de resistir anos e anos, contando a história de determinada localidade.

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