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terça-feira, 9 de março de 2010

CPI do Metrô / Comissão apura desvio de recursos

As obras se arrastam em Salvador e envolvem muito dinheiro do contribuinte



No cenário político brasileiro de hoje poucas almas escapam da tentação de ganhar dinheiro fácil, ou seja, encher o bolso de grana alheia via corrupção. Mesmo assim é bem-vinda a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembléia Legislativa da Bahia, para averiguar o sumiço de muitos recursos do contribuinte nas obras do Metrô de Salvador. Segundo o farto noticiário local, até quinta (11), os partidos devem indicar os deputados para compor o grupo encarregado de apurar as denúncias feitas pela imprensa e Tribunal de Contas da União (TCU).

O Metrô de Salvador foi previsto inicialmente para ficar pronto, em julho de 2003, numa extensão de 12 Km, ligando a Estação da Lapa (no Centro da capital) a Pirajá. Mas o trecho, recheado de atrasos no cronograma de serviços e de mais dinheiro aplicado, encolheu para 6 Km, alcançando apenas a Rótula do Abacaxi. Ainda assim a obra se transformou em novela. A trama tem muita dinheirama em jogo e pouca seriedade nos serviços.

Como registra A Tarde On Line, o presidente da Assembléia, Marcelo Nilo (PDT), aprovou na segunda (8) o requerimento de instalação da CPI. A proposta do deputado estadual Elmar Nascimento (PR) foi subscrito por outros 34 parlamentares. A comissão tem uma grande tarefa pela frente: apurar todo o período de obras, desde a fase da licitação inicial, em 1999, na gestão de Antônio Imbassahy. As investigações vão passar também pela administração do atual prefeito, João Henrique (PMDB).

A execução das obras é de responsabilidade do consórcio Metrosal, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens. O Tribunal de Contas da União já detectou superfaturamento superior a R$ 100 milhões. Os recursos destinados ao projeto são dos governos Federal, Estadual e Municipal. Alguém precisa explicar onde foi parar o dinheiro do contribuinte e responder criminalmente por isso. Doa em quem doer. Espera-se, portanto, que a CPI funcione. (Foto: Flickr)

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