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domingo, 14 de novembro de 2010

Número de diabéticos passa de 250 milhões no mundo

Oitenta por cento das mortes ocorrem em países pobres e em desenvolvimento

Aparelhos modernos facilitam medição do teor de açúcar no sangue
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que quase 80% das mortes por diabetes no mundo ocorrem em países pobres e em desenvolvimento. Em 2005, 1,1 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença. A estimativa é que o número de mortes dobre na próxima década.

O número de diabéticos no mundo passa de 250 milhões, diz a Federação Internacional de Diabetes. A entidade, ligada à OMS, alerta: se não forem implantadas políticas de prevenção eficientes, em 2025, o número pode a chegar a 380 milhões. No Brasil, estima-se em 10 milhões o número de diabéticos, sendo 7,6 milhões os acometidos pelo tipo 2 da doença, o mais comum e o único que pode ser evitado.

Segundo o Ministério da Saúde, o número dos portadores desse tipo de diabetes equivale a 5,8% da população com mais de 18 anos. Levantamento recente do ministério constatou que o maior número de pessoas, com o tipo 2 da doença, está na região Sudeste, cerca de 3,5 milhões de pessoas, - 2,06 milhões  delas no estado de São Paulo.

Na edição deste ano da campanha do Dia Mundial do Diabetes , 14 de Novembro, organizações médicas internacionais garantem que é possível prevenir a doença. O diabetes tipo 2 consiste do aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue. Os principais sintomas são sede e fome excessivas, vontade constante de urinar, perda de peso, cansaço, infecções regulares, visão embaçada, dificuldade de cicatrização de feridas e formigamento nos pés.

EPIDEMIA SILENCIOSA

No entanto, a maioria das pessoas não reconhece esses sintomas como relacionados ao diabetes e procuram atendimento médico tardio – o que levou a doença a ser considerada pela OMS uma epidemia silenciosa. “Quase metade dos diabéticos não sabem da sua condição porque a doença não incomoda. Só descobrem quando fazem o exame de sangue”, constata a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, seccional do Rio de Janeiro, Lenita Zadjdenverg.

A doença atinge pessoas na faixa etária acima de 40 anos, obesas e com histórico familiar. Para a prevenção, Lenita recomenda alimentação saudável – com mais verduras e frutas e menor consumo de sal e de alimentos gordurosos – e a prática de exercícios físicos. A população deve entender que é possível prevenir a doença e conviver com a mesma, recomenda.

Não há cura para o diabetes, mas tratamentos podem aliviar as consequências. O avanço da enfermidade eleva o risco de aparecimento de doenças cardíacas, de amputação das pernas, de cegueira e de partos prematuros. De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe do diagnóstico e remédios para tratamento.

TIPO 1, CORPOS ESTRANHOS

O diabetes tipo 1, com menor incidência, consiste da destruição das células produtoras de insulina, pois o organismo as identifica como corpos estranhos. A doença surge quando a pessoa deixa de produzir insulina. Não se sabe ao certo porque as pessoas desenvolvem o diabetes tipo 1, mas algumas já nascem com genes que as predispõem à doença. No entanto, outras têm os genes e não têm diabetes. 

O tipo 1 é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, embora  possa surgir em qualquer idade. Os sintomas mais comuns são fome frequente; vontade de urinar várias vezes; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito. O tratamento contra o diabetes pode ser feito gratuitamente na rede pública de saúde.


Fonte da matéria e foto: Agência Brasil

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