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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Promotora que mandou prender PMs sofre atentado

Genísia Oliveira investiga suposto grupo de extermínio em Vitória da Conquista

Matéria do repórter Valmar Hupsel Filho publicada em A Tarde On Line


A promotora de Justiça da comarca de Vitória da Conquista, Genísia Oliveira, teve sua caminhonete importada de cor prata alvejada na noite da última terça-feira, 4, por um disparo de pistola ponto 40, arma de calibre de uso exclusivo de policiais. Horas depois, ela já estava em casa quando recebeu ameaça de morte de um telefonema anônimo a seu celular pessoal. 

O atentado e a ameaça ocorreram no mesmo dia do cumprimento de dez mandados de prisão de policiais militares do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Vitória da Conquista (foto), acusados da participação em 11 homicídios e desaparecimento de três adolescentes na madrugada do dia 29 de fevereiro deste ano, no Alto da Conquista. A chacina teria ocorrido em retaliação ao assassinato do policial Marcelo Márcio Lima da Silva, ocorrida três horas antes. 

Genísia Oliveira é a responsável pelas investigações sobre o caso e a suposta existência de um grupo de extermínio na cidade. Ela integra a força tarefa de promotores que representaram na Justiça contra 35 PMs acusados de participação nos assassinatos no Alta da Conquista. O juiz da 2ª Vara Crime de Vitória da Conquista, Reno Soares, acatou o pedido de prisão temporária e pediu aprofundamento das investigações. 

Na quinta (6), a promotora fez contato com representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP (Gaeco). Ela ameaçou abandonar a investigação caso não fossem destacados policiais de Salvador para sua segurança. “Tenho que buscar proteção na minha instituição”, disse na porta da sede do MP em Conquista, onde uma hora antes havia chegado sozinha, de táxi, sem qualquer segurança armada. (Foto: Flickr)

Comentário da Editora do Blog:

O Governo da Bahia precisa dar um basta nesta situação em Vitória da Conquista. Afinal, 11 homicídios já ocorreram e três adolescentes estão desaparecidos. Os crimes aconteceram em fevereiro após a morte de um policial. Ao desafiar a promotora, os acusados querem demonstrar força e ficar impunes. Fazem justiça pelas próprias mãos, derramam mais sangue na cidade e deixam a população assustada.

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