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segunda-feira, 15 de março de 2010

Ônibus roda sem fechar porta em Salvador

Cena frequente na cidade causou a morte de um jovem estudante de Enfermagem

A morte do estudante de Enfermagem, Anderson Jacinto Bezerra, 23 anos, ao cair de um coletivo da empresa BTU, no domingo (14), chama a atenção para um problema cotidiano em Salvador. Mesmo quando o movimento de passageiros é pequeno, os condutores arrastam os veículos antes de fechar a porta traseira, não importando se o usuário ainda está subindo os degraus. O acidente aconteceu no bairro do Stiep após o veículo passar por uma curva na Rua Professor Manoel Ribeiro.

O motorista do ônibus tem culpa no cartório porque a lei impede a circulação de carros sem que as portas estejam devidamente fechadas. Mas a responsabilidade é também das empresas: primeiro, ao não treinar os rodoviários para dirigir sem colocar a vida dos passageiros em risco; segundo, por não instalar dispositivos de segurança que impeçam o veículo de trafegar se alguma porta estiver aberta. A prefeitura, igualmente, tem sua parcela de culpa porque que não fiscaliza como deveria.

Nos horários de maior movimento é frequente os ônibus deixando os pontos conduzindo muitos passageiros nos degraus. O fato leva a outro problema na capital baiana, a escassez de coletivos para atender de forma melhor a demanda de usuários. Por conta dessa situação, os trabalhadores sobem nos veículos lotados. Como se percebe, a situação não enfrentada, de forma séria pelos governantes, acaba desencadeando transtornos em cadeia, o que só agrava a questão da segurança no transporte público.

A BTU foi autuada pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador/Setin) porque descumpriu o Regulamento de Transporte Municipal que impede o trânsito de ônibus com as portas abertas, situação que causou a morte do jovem passageiro da linha Stiep/Barra. A Transalvador recomendou o imediato afastamento preventivo da equipe envolvida no acidente (motorista e cobrador) até que passe por reciclagem e treinamento. É a prefeitura, mais uma vez, remediando ao invés de prevenir.

Um comentário:

  1. Oi, Graça!
    Que coisa triste! E os responsáveis, serão punidos?
    Amiga, nosso último post faz alguns questionamentos e gostaria muito de ter sua opinião!
    Beijos
    Luísa

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