Na briga pela audiência, dois programas exibidos pela televisão baiana – Aratu e Itapoan - apelam ao sensacionalismo no horário do almoço. Na última terça (dia 14) foi mostrado um homem degolado. No Se Liga Bocão, o apresentador lembrou a recomendação do Ministério Público da Bahia e pediu que as crianças fossem tiradas da frente da TV. No mesmo momento o Na Mira exibia a cena grotesca.
Em meio a essa disputa “sangrenta” para conquistar mais telespectadores, o Bahia Urgente, levado ao ar pela Band Bahia, abordava dois temas atuais: a epidemia de dengue no Estado e o processo de migração de um plano de saúde para outro sem o segurado perder a carência. Matérias de serviço como essas tendem a agradar e conquistar a fidelidade do público. Um caminho, convenhamos, mais interessante e saudável.
O Ministério Público está de olho na Tv Aratu e na Itapoan. No dia 7 de abril, os promotores Almiro Sena (Cidadania) e Isabel Adelaide Moura (Criminal) ajuizaram ação civil pública contra o Na Mira, onde pedem à Justiça para determinar a imediata suspensão do programa. Eles argumentam que, sob o pretexto de “mostrar a vida real”, diariamente são exibidas cenas de extrema violência e reportagens constrangendo, “ilegalmente e de forma humilhante, pessoas negras e pobres que são presas pela polícia”.
Em matéria publicada no site institucional (http://www.mp.ba.gov.br/), o MP lembra que no dia 12 de fevereiro aconteceu uma reunião com os diretores das TVs Aratu e Itapoan. O objetivo foi coibir eventuais abusos cometidos em programas das duas emissoras, Que Venha o Povo e o Se Liga Bocão. Ambos estão sendo analisados pelos promotores.
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