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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Campanha da fraternidade debate "Economia e Vida"

O propósito é estimular reflexão sobre o tema e a desigualdade social no Brasil

"Economia e Vida" é o tema da Campanha Ecumênica da Fraternidade 2010 aberta oficialmente na manhã desta quarta (17) em Brasília (foto) . A escolha do tema tem por objetivo valorizar as pessoas, superar o consumismo e reconhecer a responsabilidades individuais diante dos problemas da vida econômica. Spots em rádio e comerciais de televisão começam a ser veiculados hoje e continuam até o final da Quaresma, no dia 1º de abril, véspera da Sexta-Feira da Paixão.

A campanha deste ano agrupa pela terceira vez na história a Igreja Católica, a Igreja Presbiteriana Unida, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil e a Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia. Com o lema extraído do Evangelho de São Mateus - “vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, o propósito é estimular a reflexão sobre a economia e a desigualdade social no Brasil.

“Precisamos educar o nosso povo para a cidadania em que se respeitem os direitos das pessoas e lhe dê condições de viver dignamente. Muitas vezes os direitos são lesados, como é o caso da escravidão, como é o caso das pessoas que não têm vez: não têm trabalho, não têm casa, não têm terra para plantar, não têm casa e não têm o olhar da sociedade”, afirma dom José Alberto Moura, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com o economista Guilherme Costa Delgado, que assessorou na elaboração do texto base da campanha, a mobilização das igrejas “tem o sentido de crítica ao modelo vigente e reflexão sobre o futuro”. Delgado trabalha no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e é professor visitante da Universidade Federal de Uberlândia.

A campanha vai tentar levantar recursos destinados a comunidades pobres e dispor de uma cartilha para discussão paroquial. Segundo dom José Alberto Moura, os resultados da campanha vão ser apresentados aos candidatos à Presidência da República. O pastor Sinodal Carlos Augusto Möller, da Igreja Luterana e presidente do conselho que agrega às cinco igrejas (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - Conic), nega que a campanha queira fazer crítica à política econômica atual.

Fonte da matéria: Agência Brasil


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