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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

MP ouve testemunhas de crimes em Vitória da Conquista

Onda de violência começou após assassinato de um soldado da Polícia Militar

O autor do assassinato do soldado da Polícia Militar, Marcelo Márcio Lima, em Vitória da Conquista, tem que pagar pelo crime. E o caminho natural é a Justiça. Mas não foi isso que se viu na cidade. O homicídio desencadeou uma onda de violência mobilizando até o Ministério Público do Estado da Bahia a se deslocar ao município esta semana. E a constatação era a esperada: há provas do envolvimento de PMs nos delitos.

A partir da próxima segunda (22) o MP começa a ouvir as testemunhas da série de sequestros e mortes registrados em Conquista, localizada a 509 Km de Salvador. Segundo as denúncias, os crimes estariam relacionados com a morte do soldado em 28 de janeiro último. Depois do homicídio, diversos crimes ocorreram no município: invasão de casas, agressões, sequestros e assassinatos.

Quatorze pessoas foram executadas e três jovens continuam desaparecidas, o que deixa a população da cidade apavorada. O procurador geral de Justiça, Lidivaldo Britto (foto), adianta que existem provas da participação de policiais militares nos delitos. Ele já entrou em contato com o comandante geral da Polícia Militar para relatar os fatos apurados.

A Assessoria de Comunicação (Ascom) informa o resultado da visita do MP baiano, na quinta (18), a Vitória da Conquista. Juntamente com a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais do MP-BA (Gaeco), promotora de Justiça Ana Rita Nascimento, ele participou de reunião com o procurador chefe do Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA), Danilo Dias.

Também estiveram presentes no encontro os procuradores da República, Wilson Rocha de Almeida Neto (de Salvador), e Mário Alves Medeiros (Vitória da Conquista), além dos delegados da Polícia Civil designados para acompanhar o caso. As reuniões tiveram por objetivo traçar um trabalho conjunto de investigação entre o Ministério Público e a Polícia Civil, de forma a evitar perda de tempo. Leia mais aqui. (Foto: MPBA)


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