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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Corredor ecológico é recuperado em Lauro de Freitas

Pescadores concluem o replantio de sete mil mudas em área de mangue


Os pescadores da Colônia Z-57 de Lauro de Freitas encerraram o replantio de sete mil mudas de espécies de mangue na área que havia sido desmatada para a construção de uma pousada, onde funcionava o campo de futebol do estabelecimento, no condomínio Foz do Joanes, em Buraquinho. Adquirido pela empresa Costa dos Coqueiros Ltda, que construirá no local um conjunto de residências, a licença ambiental para execução do empreendimento só foi concedida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente sob a condição de ser recuperada a área de mangue de sete mil metros quadrados.

Já é a terceira intervenção da secretaria na região do Rio Joanes para recuperar os manguezais - a degradação já estava afetando a atividade econômica de marisqueiras e pescadores. O secretário do Meio Ambiente, Vidigal Cafezeiro, diz que a intenção é refazer o corredor ecológico, devastado pelas invasões. “Muitas pessoas estenderam seus lotes até a margem do Joanes, aterraram o mangue, construíram alicerce e abriram acesso até o rio acreditando que assim estavam valorizando seus imóveis”. Agora a ação da prefeitura é fazer com que os novos empreendimentos assumam o passivo ambiental. Para abrir o corredor falta apenas um lote.

No replantio, trabalharam marisqueiras e pescadores. Antes eles preparavam as mudas das espécies já existentes no mangue. A empresa Costa dos Coqueiros Ltda investiu R$ 190 mil no trabalho de desaterramento da área de mangue, que apresentava quase um metro de camada de entulho, além de derrubar a estrutura em alvenaria de pedra que impedia o acesso da água à região onde foram replantadas as espécies.

As mudas também foram conseguidas através de acordo com o Atakadão Atakarejo que tinha passivo ambiental com o município. Além das mudas, foi feito repasse aos pescadores de R$ 5 mil. O presidente da Colônia de Pescadores Z-57, Jonas Tomás dos Santos (Mestre Touro), avalia que em cinco anos a área estará completamente fechada e pronta para o reinício pleno da atividade de pesca do aratu, lambreta, canivete, sururu e mais uma série de mariscos. (Foto: João Raimundo/ Decom LF)

Fonte: Departamento de Comunicação/Decom
(Prefeitura de Lauro de Freitas)


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