A chuva derrete Salvador. Em apenas 18 dias de maio, o índice pluviométrico chegou aos 364,5 milímetros e ultrapassou a média de 349,5 milímetros esperada para todo o mês. Segundo a Defesa Civil (Codesal), nas últimas 24 horas o volume atingiu 66,9 milímetros. E a tendência é o agravamento do quadro caso seja confirmada a previsão do 4º Distrito Regional do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de continuidade do mau tempo até quarta-feira.
O impacto das precipitações resultou em 277 ocorrências somente hoje. O número inclui 112 deslizamentos de terra, 23 áreas alagadas e oito desabamentos de imóveis, entre outros danos. A capital baiana tem muitas áreas de risco como a que se vê na foto da Codesal. As construções erguidas nas encostas não resistem a qualquer chuva mais forte.
Quem mais sofre com o mau tempo dos últimos dias é a população de Tancredo Neves, Mata Escura, Saramandaia, São Marcos, Vila Canária, Pau da Lima, Canabrava, Boca do Rio, São Caetano, Campinas de Pirajá, Águas Claras, Dois de Julho, engenho Velho da Federação, Paripe, Periperi e Cajazeiras, áreas onde os transtornos são maiores.
Em consequência do aguaceiro, o trânsito da cidade - normalmente caótico nos horários do rush - fica ainda mais lento. Os buracos em diversos pontos e as pistas escorregadias exigem dos motoristas atenção redobrada para evitar acidentes. Portanto o recomendável é dirigir com baixa velocidade e nada de atender celular ao volante (uma prática ainda comum apesar de ser proibida).
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