A chuva deu uma trégua hoje em Salvador após o temporal de ontem, quando a cidade virou um caos. Tormento, aliás, que as metrópoles brasileiras enfrentam nessas ocasiões - mostrando a necessidade de políticas públicas estruturais para que os moradores não sofram repetidas vezes a situação.
Depois das regiões Sul e Sudeste, cidades do Norte e Nordeste vivem os problemas deixados pelo mau tempo. Por conta da gravidade dos danos, ontem o Governo do Estado da Bahia decretou situação de emergência em Salvador, Simões Filho e Lauro de Freitas ao término da reunião com os prefeitos dos três municípios. E as prefeituras contabilizam os estragos.
CINCO MORTES
Nos dois últimos dias, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou 562 deslizamentos de terra, quase a metade do número somente nesta quarta (dia 6), em consequência da intensidade da chuva de terça. Cinco pessoas morreram, avenidas e ruas ficaram alagadas, casas e muros desabaram, árvores tombaram. A ocorrência mais grave de hoje foi o desabamento do Edifício Vila Romana, durante a madrugada, em Pernambués. Um homem e duas mulheres ficaram feridos.
Os congestionamentos travaram a cidade. A cena comum era de ônibus e automóveis enfileirados - por duas, três horas - aguardando o tempo melhorar. Em meio ao drama, teve gente que se aproveitou da situação e saqueou quem estava nos carros de passeio. Isso aconteceu na área do Itaigara, na Avenida Juracy Magalhães Júnior (proximidade da Ceasa) e na Avenida Paralela.
O índice de precipitações em Salvador atingiu 168,8 milímetros nos seis primeiros dias de maio, quando a média esperada para todo o mês é de 349,5 milímetros, segundo a Defesa Civil da Cidade. O Climatempo prevê chuva para amanhã (7) à noite que deve continuar na sexta por todo o período. A temperatura deve oscilar entre 22° e 28°.
BURACO EM BROTAS
Na Rua Amado Coutinho, bairro de Brotas, o asfaltamento do trecho em frente aos edifícios Alan e o Castro Alves (este em construção) não resiste a uma chuva mais forte. O terreno cede e de novo aprece um enorme buraco. Terça-feira uma tubulação da Embasa se rompeu. A água jorrou forte por muito tempo até que a empresa mandasse uma equipe fazer o reparo.
Hoje a cratera continuou interditando metade da pista e trazendo risco para circulação de carros e pedestres. O problema antigo requer intervenção de mão dupla. É que, segundo um técnico da Embasa, a Superintendência de Conservação e Manutenção da Capital (Sumac), órgão da prefeitura, precisa recuperar manilha no local. Caso contrário, não adianta tapar o buraco.
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