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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Reflexão no Dia da Mata Atlântica

Atlas revela o crescente processo de devastação da floresta



Em muitos trechos da Mata Atlântica, a vegetação nativa cedeu lugar à plantação de eucaliptos
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Hoje, 27 de maio, é o Dia Nacional da Mata Atlântica (foto) e a data convida a pensar na preservação do meio ambiente e sua importância para o futuro de cada um de nós. A área atual coberta pela floresta exibe imagens bem diferentes da que os deuses ofertaram aos brasileiros e foi encontrada pelos portugueses. No Extremo Sul da Bahia, por exemplo, a exuberância cedeu lugar a longos trechos de eucaliptos plantados para recompor o espaço devastado.

Em Salvador, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) comemora a data na próxima sexta-feira (29) com a realização do evento Dia da Mata Atlântica - Perspectivas para a Bahia, que acontece na Casa do Comércio a partir das 8h30. Em Brasília, a Frente Parlamentar Ambientalista organizou para hoje, na Câmara, um café da manhã com a apresentação dos novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.

O atlas foi desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A publicação retrata a situação entre 2005 e 2008, em dez dos 17 estados que abrigam o bioma, da Bahia ao Rio Grande do Sul. Nesse período, a área devastada atingiu 102.938 hectares, mantendo a média anual de 34.121 hectares de desflorestamento/ano. A maior devastação ocorreu em Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. Na análise por município, aparecem Jequitinhonha (MG), Itaiópolis (SC), Bom Jesus da Lapa, Cândido Sales e Vitória da Conquista (BA) entre os que mais perderam cobertura nativa.

FOLHAS LARGAS E PERENES

A Mata Atlântica se constitui de formação vegetal brasileira. Sao diferentes formas de relevo, características climáticas diversas e multiplicidade cultural da população. Na paisagem se destacam as árvores com folhas largas perenes. Um exemplo é o Pau Brasil. Os índios cortavam a madeira para fazer artefatos (arcos/flechas) e extraiam um corante vermelho para pintura de enfeites. Como recorda aqui o portal Ambiente Brasil, os índios ensinaram a técnica aos portugueses e tinham a tarefa de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde colocavam as cargas nos navios que seguiam para a Europa.

A variedade de espécies inclui as epífitas - que não enraízam no solo. Fixam-se em outras árvores ou em objetos elevados, como as bromélias e as orquídeas. De acordo com a Wikipédia, a Mata Atlântica, que não deve ser confundida com a Selva Amazônica, foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, principalmente no Brasil. Era o verde marcando toda a linha do litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, chegando à Argentina e ao Paraguai.

O processo de desmatamento, intensificado a partir do Século XX, diminuiu intensamente a Mata Atlântica, que se destaca na triste lista das florestas tropicais mais ameaçadas mundialmente. Mesmo com a inclemente destruição, que reduziu a floresta a escassos e descontínuos fragmentos, a natureza resiste e faz da biodiversidade de seu ecossistema uma dos maiores do planeta. Então, não custa refletir e cada um pensar numa forma de contribuir para salvar o que resta de verde na Bahia, no Brasil, na Terra.




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