Ele também prometeu curtir o próximo 20 de novembro numa praia baiana, já como feriado nacional, e fez forte discurso contra o racismo (assista aqui a íntegra do pronunciamento). De concreto, Lula assinou decretos para titular 30 comunidades como quilombolas, sendo três delas na Bahia. Lançou também selo quilombola para produtos oriundos destas comunidades.
O presidente tratou o Estatuto da Igualdade Racial, projeto ainda em discussão no Congresso, como aprovado. “No ano que vem nós já teremos um ano de vigência do Estatuto”, declarou. O projeto, que garante direitos à população negra, foi aprovado numa comissão da Câmara, mas ainda aguarda votação no Senado para virar lei. A meta do governo era assiná-lo na sexta, mas a oposição evitou. Agora a espectativa é sancioná-lo ainda neste ano.
Praia - “No ano que vem, nós estaremos em algum lugar da Bahia, eu espero que seja numa praia, para comemorar esse dia da consciência”, disse. “Ano que vem já será feriado nacional”, completou, sob aplausos, apesar de frustar setores do movimento negro que esperavam a assinatura do decreto na sexta.
A presidência, no entanto, preferiu esperar a aprovação de um projeto de lei, já em trâmite no Congresso, para oficializar o feriado, informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Seria uma forma de dar segurança jurídica ao ato.
Lula disse que sofreu preconceito por ser “pobre e nordestino”, mas que tudo passou quando ele virou presidente. E, se dirigindo a Dilma, disse: “Não sei o que vai acontecer neste País nos próximos anos”, falou. “Pode ser que daqui a dois anos, você esteja nesta tribuna e eu esteja ali gritando pra você favorecer muito mais à população negra”, completou.
Em seu discurso, Dilma ressaltou a luta dos negros. “O escravo foi sujeito ativo e criativo de sua própria história”, declarou, depois de homenagear Zumbi dos Palmares, morto em 1695, há 314 anos.
Vaias - Sobre a política baiana, o ponto marcante do evento foram as vaias ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Ele subiu ao palco acompanhado do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, antes do início do ato. Vaiado, se retirou discretamente e não foi anunciado pelo chefe de cerimônia (assista a vaia a Geddel).
Fonte: A Tarde On Line
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