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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Paim diz que reajuste de aposentadoria não quebra Previdência

Senador condena argumentos da imprensa contrários ao Projeto de Lei 01/07

O senador Paulo Paim (PT-RS) rebateu, em discurso nesta quinta (5), argumentos usados pela imprensa para justificar posições contrárias à equivalência entre o reajuste de benefícios da Previdência Social e o do salário mínimo. "Estão mentindo de forma descarada para a opinião pública quando dizem que um reajuste miserável de 5% para os aposentados e pensionistas vai quebrar a Previdência", afirmou o senador.

Ele lamentou a posição da Câmara dos Deputados que não votou na quarta (4) a proposta de reajuste das aposentadorias (Projeto de Lei 01/07). Em matéria da Agência Senado, Paim diz ter lido em apenas um jornal números discrepantes sobre o impacto que a adoção da medida teria sobre as contas da Previdência. Segundo o senador, os valores variavam de R$ 5 bilhões a R$ 25 bilhões. Ele afirma que se entristece quando faltam com a verdade e grande parte dos brasileiros acredita.

De acordo com o senador, nem todos os aposentados que recebem acima de um mínimo seriam beneficiados pelo projeto que estende às aposentadorias o mesmo índice de reajuste do salário mínimo. A medida só beneficiaria os trabalhadores do regime celetista. O senador esclareceu que os aposentados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em nível federal, tem paridade e o mesmo reajuste de quem está na ativa.

De forma surpreendente, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) apoiou a proposta de Paim que acaba com o fator previdenciário e a que reajusta as aposentadorias pelo mesmo índice do salário mínimo. Causa surpresa porque ele faz parte da base aliada do governo e, na Câmara, essa turma se mantém contra o reajuste.

De acordo com ele, o argumento de que a Previdência quebraria foi utilizado no passado quando o Congresso Nacional reajustou o salário mínimo em 147%. O senador ressaltou que o resultado foi o aumento do poder de compra e o aquecimento da economia, o que ajudou o Brasil a sair da crise financeira internacional.

O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) lembra que o Senado aprovou por unanimidade esses projetos. Mas as "forças ocultas" fomentam a mídia que acaba influenciando a opinião pública. De acordo com ele, "a verdade sempre chega e a boa luta sempre é conquistada". (Foto: Agência Senado)

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