Passa dos 650 mil veículos a frota que circula na capital baiana. E a cada dia outros aparecem nas vias graças às facilidades de aquisição: juros baixos e grande prazo de pagamento. Nada contra isso. O problema é que Salvador não tem sistema viário para comportar tantos carros, o sistema de transporte público é muito precário, e o metrô se transformou num enredo sem fim.A Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), órgão da Prefeitura Municipal, constata que o número de carros cresceu em velocidade maior do que Salvador pode suportar. Então congestionamentos fazem parte do cotidiano de motoristas e pedestres da cidade, como observa em matéria divulgada aqui.
Segundo a Transalvador, mesmo com a grande quantidade de automóveis, muitos dos problemas poderiam ser evitados se os condutores obedecessem às regras de trânsito. Com base nessa ideia, informa que tem realizado ações durante todo o ano com o objetivo de educar e coibir práticas condenáveis.
Motoristas e motociclistas realmente são flagrados desobedecendo as normas do trânsito. Invadem sinaleiras, fazem as perigosas "roubadinhas" para encurtar o caminho, rodam ultrapassando o limite de velocidade em algumas pistas, ultrapassam pela direita, param em fila dupla. Pedestres também ignoram as medidas de segurança, atravessando ruas e avenidas fora das faixas ou passarelas.
Mas daí a achar que apenas ações educativas (foto) ajudam a reduzir o caos em que se tornou o trânsito vai uma grande distância. A situação é muito mais séria: faltam planejamento e investimento em infra-estrutura viária, transporte público e estações de transbordo, coisas que não são prioridades para o Prefeitura.
Aliás, os gestores da área (e vereadores) já poderiam pensar em sistema de rodízio de carros em Salvador. Isso não é a solução, mas certamente diminuiria um pouco o número de veículos nas ruas enquanto uma providência melhor não é adotada. (Imagem: Prefeitura Municipal)
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