Ministro esquece que o governo Lula nada fez para melhorar os ganhos do segmento
Até parece que os aposentados e pensionistas brasileiros não sabem qual é a posição do governo quanto à recuperação do poder aquisitivo do segmento. Só desconhecendo o noticiário acerca do tema é possível acreditar na fala do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci (à esquerda na foto). Ele afirmou nesta quinta (17) que a política para reajuste do salário mínimo e aposentadorias quer resgatar uma dívida da União, com toda a população, decorrente das perdas dos anos 80 e 90.
Se isso fosse verdade, o governo deveria dar o aval para a Câmara dos Deputados colocar em pauta os projetos do senador Paulo Paim (PT-RS) em benefício da classe. Longe disso, deputados federais - aliados de Lula e insensíveis à causa - não fazem qualquer gesto para votar as matérias já aprovadas no Senado. Muito pelo contrário, o governo quer mesmo é apresentar um substitutivo que só ajuda a aumentar as perdas.
Não faz qualquer sentido, também, querer atribuir a defasagem das aposentadorias e pensões apenas aos governos anteriores. Claro que Fernando Henrique Cardoso pecou alto ao introduzir o fator previdenciário. Mas, e nos últimos sete anos da gestão Lula, o que foi feito em nome do segmento? Nada. Inclusive o próprio presidente vetou, em 2006, o reajuste de 16,67%, índice concedido ao salário mínimo.
Dulce afirma ainda que há poucas semanas o governo aceitou acordo, proposto pela maioria das centrais sindicais, e enviou ao Congresso Nacional projeto que prevê nova base de cálculo para aposentadorias e pensões, vinculando as correções dos benefícios a 50% da variação do Produto Interno Bruto (PIB). A verdade não é bem essa, pois várias entidades do segmento saíram da mesa de negociações por não aceitar a proposta governamental. Mesmo assim, as centrais fecharam o acordo que deve ser transformado no substitutivo aos projetos de Paulo Paim.
Dos quatro projetos do senador gaucho se detaca o que extingue o fator previdenciário. Outro reajusta as aposentadorias e pensões com o mesmo índice concedido ao mínimo. Quem quiser saber mais sobre o que o ministro da Secretaria Geral da Presidência disse a respeito da questão, pode acessar a Agência Brasil aqui. Dulci e o ministro da Previdência Social, José Pimentel, deram entrevista nesta quinta ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conectado a uma rede nacional de emissoras de rádio do País. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Até parece que os aposentados e pensionistas brasileiros não sabem qual é a posição do governo quanto à recuperação do poder aquisitivo do segmento. Só desconhecendo o noticiário acerca do tema é possível acreditar na fala do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci (à esquerda na foto). Ele afirmou nesta quinta (17) que a política para reajuste do salário mínimo e aposentadorias quer resgatar uma dívida da União, com toda a população, decorrente das perdas dos anos 80 e 90.Se isso fosse verdade, o governo deveria dar o aval para a Câmara dos Deputados colocar em pauta os projetos do senador Paulo Paim (PT-RS) em benefício da classe. Longe disso, deputados federais - aliados de Lula e insensíveis à causa - não fazem qualquer gesto para votar as matérias já aprovadas no Senado. Muito pelo contrário, o governo quer mesmo é apresentar um substitutivo que só ajuda a aumentar as perdas.
Não faz qualquer sentido, também, querer atribuir a defasagem das aposentadorias e pensões apenas aos governos anteriores. Claro que Fernando Henrique Cardoso pecou alto ao introduzir o fator previdenciário. Mas, e nos últimos sete anos da gestão Lula, o que foi feito em nome do segmento? Nada. Inclusive o próprio presidente vetou, em 2006, o reajuste de 16,67%, índice concedido ao salário mínimo.
Dulce afirma ainda que há poucas semanas o governo aceitou acordo, proposto pela maioria das centrais sindicais, e enviou ao Congresso Nacional projeto que prevê nova base de cálculo para aposentadorias e pensões, vinculando as correções dos benefícios a 50% da variação do Produto Interno Bruto (PIB). A verdade não é bem essa, pois várias entidades do segmento saíram da mesa de negociações por não aceitar a proposta governamental. Mesmo assim, as centrais fecharam o acordo que deve ser transformado no substitutivo aos projetos de Paulo Paim.
Dos quatro projetos do senador gaucho se detaca o que extingue o fator previdenciário. Outro reajusta as aposentadorias e pensões com o mesmo índice concedido ao mínimo. Quem quiser saber mais sobre o que o ministro da Secretaria Geral da Presidência disse a respeito da questão, pode acessar a Agência Brasil aqui. Dulci e o ministro da Previdência Social, José Pimentel, deram entrevista nesta quinta ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conectado a uma rede nacional de emissoras de rádio do País. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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